Como ensinar e o que aprender com novos profissionais

O repasse de experiências entre profissionais em nível sênior para os mais novos sempre foi apreciado. Afinal, quem já conta com experiência, ocupando ou não um cargo de alta responsabilidade, passa conhecimentos aos mais jovens a fim de torná-los bons profissionais e engrandecer sua carreira. No entanto, vale ressaltar que esses colaboradores mais experientes, podem também aprender com os mais novos.

Tudo porque, as tecnologias evoluem, os processos ficam mais fáceis e a nova geração – que muitas vezes já nasceu conectada à internet, tira de letra alguns sistemas, muitas vezes por meio de métodos de trabalho mais ágeis e acabam por facilitar também a vida de quem tem anos de estrada. Por isso, o blog do Portal Pós separou algumas iniciativas para deixar essa relação de troca mais prazerosa e gratificante, tanto para o lado de quem é sênior, para o lado de quem está começando. Confira!

Quem são os novos profissionais?

Chamados de millennials e diferentemente da anterior geração Y, os jovens profissionais são mais imediatistas em resoluções. De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria PwC, publicada no portal de recrutamento e seleção Page Personnel, esses jovens prezam mais por progressão na carreira do que um alto salário, por exemplo.

Também são esses jovens que priorizam a qualidade de vida, além da importância de conciliar de forma equilibrada vida pessoal e profissional. Assim, para eles, de nada vale ter um alto salário e uma grande responsabilidade se não houver tempo reservado para estudar e aprimorar seu conhecimento.

Além disso, o lazer não fica de fora e, geralmente, a prática de uma vida mais saudável, também não. Com idade aproximada da casa dos 30 anos, esses colaboradores também não se prendem por tanto tempo à mesma companhia. Se perceberem alguma dificuldade em crescer, mudam de emprego e até de carreira para alcançarem seus objetivos.

Para isso, buscam a continuidade de seus estudos em instituições especializadas e em cursos, em sua maioria, aplicados na modalidade EAD (Ensino a distância). Portanto, mais do que crescer em sua carreira, a especialização por meio de uma pós-graduação, por exemplo, os impulsionam a buscar o novo e aprender sempre mais.

O que os mais velhos têm a aprender

Em contrapartida, calcados no crescimento de sua carreira, altos salários e preocupações que muitas vezes envolvem o cuidado e manutenção de uma família, os profissionais mais seniores podem, além de ensinar os mais novos, aprender com eles.

Vale a pena tirar como aprendizado o dinamismo, a praticidade, rapidez e até mesmo o desapego ao material e também a vontade de sempre aprender. Muitas vezes, quem tem mais experiência ou já ocupa um cargo de relevância, fica acomodado e sente-se com medo de experimentar novas oportunidades.

Isso acontece porque ao criar responsabilidades prioritárias, esses colaboradores acabam por dedicar-se intensamente ao trabalho, renegando partes importantes de outras vivências como novos estudos e tempo para lazer e esportes e até mesmo para cuidar da saúde.

Como ensinar os mais novos e receber conhecimento em troca

Os mais novos – por mais independentes que pareçam, também apreciam o aprendizado que podem conseguir. Buscam, inclusive, treinamentos e mentorias dentro da própria empresa para que possam angariar novas experiências e saberes, com foco específico, mesmo que talvez nem use a sabedoria adquirida para o cargo que ocupa atualmente.

Aprender é mais importante e relevante nesta história. Por isso, os profissionais mais experientes podem auxiliá-los na dinâmica de processos internos, crescimento nas relações interpessoais, modos de ação para resolução de problemas e ainda – em constante troca de conhecimento, a esses lidarem e aplicarem seus métodos dinâmicos da melhor forma.

Capacidades de aprender e reaprender

Chamada pelos neurocientistas de neuroplasticidade, a capacidade de aprender e reaprender está diretamente ligada à adaptação do sistema nervoso que automatiza funções físicas e lógicas, de forma a manter o novo conhecimento organizado.

Assim, é preciso esquecer a ideia de que já sabemos o suficiente e abrir a cabeça para novas formas de aprendizado, por meio de experimentações, novas vivências e saberes atuais. O ideal, inclusive, é que esse profissional que já se considera conhecedor de muitas coisas, saia da chamada zona de conforto e se atire para o desconhecido.

Uma forma das mais relevantes e recomendadas é a de aprender algo ensinando a alguém sobre o assunto. Esse movimento de neuroplasticidade é também conhecido pelo compartilhamento de saberes. Neste âmbito, estão envolvidos solidariedade, descentralização do poder e a capacidade de dividir.

Além disso, o intuito é também conhecer áreas diversas sobre determinado assunto e a forma que ele se encaixa em política, marketing, economia, tecnologia e desenvolvimento humano. De nada vale explorar o conhecimento de forma rasa, pois é neste conjunto que a sociedade evolui e constrói de forma sólida seu conhecimento.

A importância da autogestão

Gerir suas habilidades também permeia um dos principais pontos nesta jornada de conhecimento. De certa forma, seria como uma autoavaliação a fim de descobrir, reinventar-se e levar adiante seus conhecimentos adquiridos para que nada fique confuso ou mesmo difuso no momento de aprendizado ou repasse do conhecimento.

Investir em cursos, treinamentos e especializações que o ajudem a desenvolver-se dentro das habilidades de autogestão, amplia sua inteligência emocional e cria inspiração para novas frentes e desafios para a acolhida de novos profissionais e a garantia de novos aprendizados aos mais seniores.

E você, como aprende ou ensina algo a seus colegas de trabalho, seja como mentor ou novo profissional? Comente com a gente!

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