Fisiologia respiratória e parâmetros do ventilador

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fisiologia do sistema respiratório é constituída por um par de pulmões e por vários órgãos que circulam o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Os órgãos que fazem parte do sistema respiratório são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos.

A respiração é o processo que realiza a captação de O2 atmosférico, que através da difusão, é transportado até a rede sanguínea e assim levado aos tecidos. As vias aéreas superiores e inferiores fazem parte de uma via condutora do ar que vai desde a cavidade nasal/oral até ao parênquima pulmonar.

A caixa torácica é formada pelas costelas (12 pares), esterno, vértebras torácicas, músculos da região cervical, músculos intercostais e diafragma. Ela é importante na dinâmica da ventilação pulmonar. Na inspiração os músculos intercostais e diafragma se contraem (ação ativa e involuntária) e a pressão atmosférica se torna negativa no interior da caixa torácica e o ar adentra os pulmões até aos alvéolos e participa das trocas gasosas. Já na expiração, estes mesmos músculos relaxam e retornam a posição de repouso (ação passiva e involuntária), diminui o volume dos alvéolos e eleva a pressão intra alveolar criando um gradiente de pressão positiva, expulsando o ar para fora dos pulmões.

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Uma vez nos tecidos, o oxigênio se desliga da hemácia, penetra na célula por difusão e participa do metabolismo celular dentro da mitocôndria. A respiração celular gera como produto o CO2 e pode ser encontrado no sangue dissolvido (5%), na forma de carboxihemoglobina (3%) e bicarbonato (92%).

A gasometria arterial é exame laboratorial padrão-ouro na avaliação das pressões dos gases arteriais. Ela fornece informações sobre a pressão parcial de O2 (PaO2) e a pressão parcial de CO2 (PaCO2) e permite cálculos essenciais na avaliação da troca gasosa e do equilíbrio acidobásico de pacientes graves. Valores considerados normais de PaO2 está compreendido entre 80 a 100 mmHg, PaCO2 valores entre 35 e 45 mmHg e HCO3 valores entre 22 a 28 mEq/L

A oxigenação é alcançada pela manutenção de níveis ideais de oxigênio no sangue arterial e sua eficiência pode ser avaliada pela relação entre os níveis de oxigenação no sangue arterial (PaO2) e a fração inspirada de oxigênio (FiO2), ou seja, pela relação PaO2 / FiO2 (normal > 400).

A velocidade em que o ar flui para dentro ou para fora dos pulmões são influenciadas pelo gradiente de pressão entre o ar atmosférico e a resistência das vias aéreas. Além de existem situações que interferem seu desenvolvimento.

O suporte ventilatório invasivo ou não invasivo, também conhecido como ventilação mecânica, de acordo com o III Consenso brasileiro de ventilação mecânica, consiste em um método de suporte de tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou insuficiência respiratória crônica agudizada. Entende-se por insuficiência respiratória a inabilidade do sistema respiratório de promover adequada oxigenação, ventilação ou necessidades metabólicas do paciente. Existem três tipos de insuficiência respiratória: Hipoxêmica, hipercápnica e mista.

As principais manifestações clínicas da insuficiência respiratória aguda incluem: alteração do estado mental; cianose de membrana e mucosas; aumento do trabalho respiratório evidenciado por batimento de asa do nariz, uso de musculatura acessória, taquipneia, hiperpnéia, padrão paradoxal e retração intercostal, supraesternal e supraclavicular; bradipnéia; taquicardia, hipertensão, sudorese e outros sinais de liberação catecolinérgica.

A ventilação mecânica (VM) se faz através da utilização de equipamentos que insuflam volumes de ar nas vias respiratórias como suporte ventilatório temporário até que a etiologia primária da hipoxemia é diagnosticada e tratada. Ela propicia a redução do trabalho respiratório, com aumento da oxigenação e diminuição do acúmulo de CO2 nos pulmões na circulação sanguínea, prevenção da fadiga respiratória e proteção da via aérea.

Autora do texto: Izabela Figueiredo de Sousa Honorato

Revisora: Eliane Muta

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