O papel da tecnologia no design de interiores

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Após séculos da utilização de instrumentos de desenho manual para a comunicação de nossas ideias e de nossos conceitos. Com o surgimento dos primeiros computadores pessoais, os “PC’s”, e a sua rápida popularização, não demorou muito para que surgissem os primeiros programas de desenho mais simples, mas que ainda demandavam um conhecimento mais profundo de programação dos usuários.

Isto mudou em 1982, com o surgimento do programa “AutoCAD”, mas se afirmou com o lançamento da versão R14 em 1997. A partir deste momento, o programa se popularizou, e, em pouco tempo já podia ser encontrado em vários escritórios de Arquitetura, Engenharia e Design por todo o mundo, agilizando todo o processo de desenho de projetos.

Com o passar do tempo estes programas também evoluíram, tanto em sua forma projetual quanto no gerenciamento e planejamento da edificação, e em 2002 foi lançado comercialmente o “Revit”, que é um programa de plataforma BIM, e trabalha em várias frentes do projeto.

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Em 2000 também surgiu no mercado um outro programa de modelagem tridimensional, muito usado por arquitetos e designers: o “SketchUp”. Este software representa uma evolução muito grande na maneira como desenhamos e como pensamos os projetos, já que os projetos podem ser feitos de forma totalmente tridimensional.

Para melhorar o entendimento e a representação das imagens, ainda existem os renderizadores, que são pequenos programas, que, junto ao programa principal, Revit, SketchUp ou algum outro, melhoram a qualidade das imagens, deixando-as com uma qualidade fotorealista, ou seja, muito próxima ao resultado que será conseguido ao final da edificação, ou depois da construção do móvel ou da peça.

Estes programas de modelagem ainda podem ser trabalhados juntamente com impressoras 3D, que podem materializar o que foi criado apenas como um desenho, ou seja, é possível imprimir o móvel ou a peça que foi criada no programa, fornecendo uma outra maneira de entender o projeto, ajudando tanto na visualização quanto no aprimoramento dos estudos. Você não acha que é muito legal pensar em uma peça durante o dia de trabalho, e tê-la em suas mãos no dia seguinte?

Mas e a partir daqui? Qual será o futuro da representação arquitetônica? Como podemos melhorá-la, e torná-la mais interativa e participativa?

Já existem vários estudos com programas de realidade aumentada, nos quais os participantes de uma reunião, utilizando equipamentos de realidade virtual, podem ver e manusear os projetos, interagindo entre si e com as peças. E um dos detalhes mais interessantes é que não é preciso que estes usuários estejam no mesmo espaço, ou seja, você pode fazer uma reunião, apresentando o projeto de seu cliente que está em uma viagem pela Europa, por exemplo!

Alguns outros estudos mostram mesas de trabalho que geram imagens tridimensionais, que também podem ser manipuladas e modeladas de acordo com as necessidades e desejos dos projetistas, de forma semelhante ao que se faz nos programas convencionais, mas com o uso das mãos, e não dos mouses.

É claro que estas opções ainda são muito incipientes, e representam estudos que podem ou não vir a funcionar comercialmente, mas que indicam algumas das possibilidades que podem estar disponíveis em pouco tempo.

Autor: Vanderlei Rotelli

Revisora: Cristiane Higueras Simó

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