Materiais de embalagem: tipos, processos produtivos e aplicações

ilustração de corredor de supermercado para ilustrar texto sobre materiais de embalagem

 

Vamos saber mais sobre materiais de embalagem? O supermercado é um ótimo lugar para estudarmos embalagens dos mais diversos tipos e até saber como o mercado de embalagens vem se desenvolvendo. Primeiramente, não podemos deixar de citar que uma embalagem bem feita, com um material de qualidade e com uma excelente impressão, seja de um rótulo ou do próprio pacote, vende o produto. 

Quando nos colocamos diante de uma grande prateleira com diversas opções de biscoito, as que chamam mais atenção são as mais coloridas, ou com uma impressão mais requintada ou uma embalagem mais brilhante ou até uma que apresenta uma superfície fosca, sem brilho, conhecida como mate, que traz um ar de sofisticação. 

Há embalagens à vácuo, metalizadas ou opacas, que protegem o produto da luz, do oxigênio e da água. Por trás de tudo isso, há um setor nas empresas para o desenvolvimento de embalagens, que envolve uma equipe multidisciplinar. O que quer dizer isso? 

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A equipe formada por publicitários, profissionais do design, engenheiros de materiais e de outras áreas da engenharia, administradores, dentre outros, pensa na embalagem por diversos ângulos, seja em questão de custos de produção, custos de transporte, imagem que o produto vai ter se embalado com determinado tipo de material, o material a ser utilizado, a imagem utilizada na embalagem, a durabilidade (ou vida de prateleira) que essa embalagem irá proporcionar, dentre outros aspectos. 

Com o aumento do consumo mundial de produtos em embalagens cada vez menores, por famílias cada vez menores, e por um consumidor mais exigente, faz-se necessária a busca de novos materiais ou novos tratamentos superficiais nessas embalagens, bem como produzir uma embalagem eco-friendly (amiga do meio ambiente). 

Nesse caso, os profissionais buscam novas fontes de matérias-primas para embalagens, como os plásticos verdes, que na verdade são polímeros produzidos a partir de fontes renováveis, como a cana-de-açúcar. Também se torna importante a qualidade superficial de certas embalagens flexíveis. Para determinadas aplicações, embalagens mais brilhantes vendem mais. 

O processo de fabricação do filme dessa embalagem, no caso, é determinante para se obter mais brilho. Uma embalagem com toque suave, aparência fosca pode ser importante para outros tipos de produto, o que depende, nesse caso, dos processos de impressão e tratamento superficial recebidos. 

Outros detalhes sobre materiais de embalagem

Falando ainda de embalagens de biscoito, uma embalagem mais brilhante pode ser mais interessante para biscoitos recheados e uma embalagem do tipo mate pode ser mais interessante para os biscoitos com apelo de saudabilidade, com fibras. Outro ponto importante para uma embalagem amiga do meio ambiente, que utiliza menos material por produto embalado, e é mais leve, é a constante busca pela redução de espessura.

Nesse caso, a formulação de uma embalagem plástica flexível deve conter polímeros que tragam maior resistência mecânica, pois a redução por si só também torna o material menos resistente. E tudo o que a fabricante de embalagens, o supermercado e o consumidor final não quer é ver o produto embalado no chão porque a embalagem rasgou. 

Também seria muito desagradável comprar carnes, leites e derivados, castanhas e descobrir, depois que você abrir a embalagem, que esses produtos estão com gordura oxidada. Embalagens que oferecem barreira ao oxigênio são desenhadas para evitar esse problema. No entanto, outros fatores devem ser levados em consideração no desenvolvimento de embalagens plásticas flexíveis: o maquinário utilizado.

Os plásticos, ao contrário dos metais e papéis, não possuem a mesma estabilidade dimensional. Produzir filmes mais finos em máquinas mais antigas, e aqui estamos falando de extrusoras do tipo balão, não é tão simples. Todo o maquinário deve estar alinhado e centralizado, para que o filme produzido não se desloque, sofra estiramento ou distorções ao longo do equipamento. 

Em muitos casos, o maquinário precisa ser substituído por equipamentos mais modernos. Acredito que, após ouvir este podcast, sua ida ao supermercado não será mais a mesma. 

Autoria: Renato Matroniani 

Revisão: Maria Helena Resnitzky

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