Se atentar à saúde mental dos profissionais se tornou uma das prioridades das empresas. Com mercados competitivos e times enxutos, a pressão e acúmulo de tarefas acabam prejudicando o desempenho das pessoas, e pode levá-las a quadros graves de saúde. Por isso, as organizações têm investido em um plano de bem-estar personalizado para colaboradores.
O conceito é relativamente novo, e está alinhado com questões que se tornaram mais comuns, como por exemplo, casos de burnout. Com isso, as organizações entenderam que cuidar do bem-estar pode evitar casos mais sérios, e que é parte de seu papel ajudar os colaboradores a equilibrar sua vida pessoal e profissional.
O que é um plano de bem-estar?
O bem-estar é um sentimento que envolve satisfação e segurança e pode ser avaliado de diversas formas, como o bem-estar social, emocional ou econômico. Em geral na vida buscamos equilíbrio entre essas áreas, justamente desejando bem-estar.
O conceito também se aplica ao trabalho, e envolve um clima agradável, pautado em respeito e colaboração, e passa por questões como benefícios, relações interpessoais e realizações.
Ou seja, mesmo quando a empresa tem como prioridade a produtividade, ela precisa olhar com atenção para esse aspecto, já que fatores relacionados ao meio e às oportunidades oferecidas pela empresa afetam diretamente no desempenho das pessoas.
Nenhum trabalho está imune aos estresse, mas como as pessoas lidam com isso, se a cultura organizacional prega colaboração ao invés de criar um ambiente de competição e disputa, é o que vai determinar se as questões serão resolvidas com sucesso.
E é nesse cenário que entra o plano de bem-estar, pois a ideia com esse projeto é justamente estabelecer um ambiente seguro e propício para que todos sejam produtivos. Entenda os pilares do programa de bem-estar:
Saúde mental: garantir que os colaboradores que necessitam tenham o apoio psicológico necessário, além de criar iniciativas para reduzir o estresse.
Saúde física: já está mais do que provado que a saúde física tem benefícios também mentais, e oferecer incentivos para que as pessoas se exercitem ajuda a criar bons hábitos e os mantém mais saudáveis para executar suas tarefas.
Saúde financeira: não é surpresa para ninguém que problemas financeiros levam a estresse, ansiedade e outras questões. Além de oferecer salários compatíveis com o mercado, a empresa pode oferecer cursos sobre gestão financeira, bônus e outros benefícios. Isso também inclui ter um plano de carreira para que o colaborador entenda que pode crescer e ser promovido.
Social: o ambiente onde uma pessoa está inserida também afeta diretamente sua saúde e a maneira como trabalha. Se tem chefes difíceis, que não escutam, são inflexíveis, não têm empatia ou ainda são grosseiros, uma pessoa começa a diminuir sua produtividade.
Criar um clima positivo faz com que as pessoas tenham autonomia para executar suas tarefas e as torna mais propensas à inovação, já que se sentem valorizadas e sabem que sua opinião importa.

Como criar um plano de bem-estar personalizado?
As empresas devem considerar todos os pilares acima na hora de desenvolver um plano de bem-estar, porém, existem considerações, já que o entendimento de bem-estar é diferente para cada um.
Certos colaboradores podem preferir trabalhar de casa para evitar longos trajetos até o trabalho, e conseguem focar melhor sem passar horas no trânsito, enquanto outros gostam de ir ao escritório, mas preferem horários alternativos. Entenda quais aspectos levar em consideração para criar um programa personalizado nas empresas:
Opinião dos colaboradores
O primeiro passo é fazer uma pesquisa direta com as pessoas para entender o que realmente é importante para elas. Faça perguntas com respostas em escala de zero a 10, por exemplo, ou ainda deixe-os livres para sugerir o tema ou programa que mais lhes interessa.
Flexibilidade
Algumas carreiras exigem presença física ou horários determinados como turnos em hospitais. Porém, em outras áreas, o horário que chega ou de onde trabalha não interfere de forma direta nos resultados.
Ainda assim, se perguntado, cada colaborador pode ter uma opinião diferente sobre que área do trabalho gostaria de fosse mais flexível. Considerando que as empresas exigem flexibilidade e capacidade de adaptação dos profissionais, é justo que ela também ofereça isso.
Incentivos
Dentro do programa, as empresas podem desenvolver ações nos diferentes pilares e promover incentivos para quem realizá-las. Oferecer premiações, por exemplo, para quem completar determinado programa ajuda a aumentar o engajamento e permite que os colaboradores tornem certas atividades rotineiras, mantendo bons hábitos.
Planos de carreira personalizado
De acordo com as habilidades e ambições profissionais de cada um, a empresa pode buscar formas de personalizar as oportunidades de crescimento, trabalhando cada indivíduo para que se desenvolva dentro de suas competências, tornando-o uma especialista ou referência no mercado.
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