A diversidade já se tornou um tópico consolidado no mercado de trabalho. Afinal de contas, as empresas só têm a ganhar com equipes mais diversas, e já passou da hora das companhias reconhecerem os talentos que muitas vezes são prejudicados por práticas desatualizadas de recrutamento. Porém, será que você já sabe como fazer processos seletivos inclusivos?
Além da vontade genuína de mudar e fazer com que mais profissionais tenham acesso a boas oportunidades, deixando o quadro de colaboradores ainda mais robusto com experiências e conhecimentos diversos, muitas coisas precisam acontecer para que isso se torne realidade.
Por mais que muitas organizações já estejam em estágios bem avançados em processos de diversidade e inclusão, muitas outras ainda nem começaram a trilhar esse caminho. Sendo assim, é fundamental que elas se preparem e implementem processos atualizados, fazendo com que seja possível contratar talentos diversos.
Porém, que práticas e processos são esses? Por onde começar? O que precisa mudar em um processo seletivo para que ele seja inclusivo? E o que considerar na hora de pensar na diversidade?
Para te ajudar, respondemos todas as perguntas abaixo. Em um verdadeiro guia para transformar o recrutamento e seleção na sua empresa, você vai descobrir quais são as 7 etapas primordiais para dar esse passo e garantir uma sociedade mais justa para todos.
Processos seletivos inclusivos: como implementar nas empresas?
1 – Revise as políticas de inclusão e diversidade da empresa
Antes de implementar ações novas, você precisa entender em que estágio a empresa está. Para isso, vale a pena revisar todas as políticas de diversidade e inclusão, compreendendo o que já está contemplado, quais práticas estão desatualizadas e o que pode, então, ser aprimorado.
Especificamente sobre recrutamento e seleção, você pode propor mudanças em relação a:
- Exigências de fluência em inglês;
- Acabar com a preferência por universidades e instituições de ensino específicas;
- Promover vagas afirmativas;
- Adequar as exigências aos níveis de experiência;
- Ter programas de incentivo e qualificação.
2 – Promova treinamentos sobre o tema para todos, especialmente para as lideranças
Depois de ter um manual e práticas atualizadas, de acordo com as boas práticas em inclusão e diversidade, chegará a hora de fazer com que toda a empresa conheça esse novo posicionamento. Afinal de contas, a empresa precisa estar preparada para contratar mais minorias, bem como os colaboradores atuais devem estar cientes de tudo e engajados.
Sendo assim, promova treinamentos e cursos sobre o tema para todos os colaboradores, mas especialmente para as lideranças. Elas precisam ser pontos de apoio e suporte nesse momento, e quanto mais forem treinadas, mais vão internalizar as práticas e mudar, a nível pessoal, a maneira de enxergar e lidar com o tema.
Contudo, não se iluda. Os treinamentos precisam ser constantes, já que novas pessoas entram e saem da companhia com o tempo, os pontos devem ser reforçados para se manterem frescos na memória, e muitos conceitos mudam ao longo dos meses e anos.
3 – Avalie se as descrições de vagas são inclusivas
Depois de saber o que precisa ser feito e de treinar os colaboradores, você vai começar a olhar com mais detalhe os processos de recrutamento em si. Para isso, comece avaliando se as descrições de vagas são inclusivas, usando linguagens acessíveis, inclusivas e que não afastem potenciais candidatos.
4 – Faça a divulgação por meio de canais diversificados
Para a próxima etapa, reveja a maneira como as vagas são divulgadas. Muitas empresas ainda trabalham com um sistema de indicações, que pode ser interessante, mas invariavelmente exclui inúmeros profissionais de ao menos ter a chance de visualizar a oportunidade.
Então, use plataformas diferentes, publique as vagas em redes e grupos específicos para a inclusão de minorias, busque bancos de talentos de consultorias e ONGs focadas no tema e até mesmo contrate headhunters que possam encontrar talentos com um viés de inclusão.
5 – Use ferramentas de análise e promova o anonimato nas primeiras etapas
Contudo, antes de divulgar a oportunidade de emprego, pense na maneira como as primeiras etapas serão conduzidas. Muitos candidatos são eliminados já na análise dos currículos, apenas por conta dos vieses inconscientes de muitos recrutadores do mercado.
Então, para reduzir as chances desse problema se perpetuar, você pode implementar algumas mudanças. Por exemplo, a avaliação de currículos pode ser anônima, sem revelar nome, gênero, idade e outras características dos candidatos. Além disso, você pode usar ferramentas de análises de dados, que vão direto ao ponto e não são levadas pelos vieses.
6 – Implemente a padronização das entrevistas
Além disso, conseguir padronizar entrevistas é uma excelente maneira de minimizar as chances de vieses atrapalharem candidatos. Por isso, tenha roteiros, garantam que todos os profissionais recebam as mesmas perguntas e faça com que a avaliação seja o mais objetiva e prática possível.
Todavia, se quiser ir mais além, também é possível realizar entrevistas às cegas, sabia?
7 – Reavalie as práticas de recrutamento de tempos em tempos
Para finalizar, por mais que agora você já tenha um belo processo de recrutamento inclusivo, não se acomode. As práticas, conceitos e novidades estão sempre se transformando na área da diversidade e inclusão.
Portanto, reavaliar e revisar as práticas precisa acontecer de forma regular. De seis em seis meses, por exemplo, você pode fazer essa reciclagem, garantindo que a empresa sempre siga as melhores práticas e seja um exemplo no mercado.
Inclusive, se você quer processos seletivos inclusivos sempre atualizados, uma boa ideia é investir em uma especialização. Assim, aprenda sobre diversidade e inclusão no ambiente de trabalho com uma pós online, que vai te transformar em um especialista na área em tempo recorde.