Duvidar do próprio potencial é algo que pode acontecer com qualquer pessoa, afinal inseguranças fazem parte da vida. Mas e quando isso supera o aceitável e se transforma em uma síndrome do impostor no trabalho?
A capacidade de se autoavaliar permite que o profissional enxergue suas qualidades e em que pontos pode melhorar. Porém, algumas pessoas não são capazes de ver esses pontos positivos, comumente se considerando fraudes.
Quando isso acontece, o profissional se sente desqualificado para assumir novas tarefas, ocupar um cargo de gestão e até pode ter dificuldades em receber um elogio.
O que é Síndrome do Impostor?
A síndrome do impostor é uma condição psicológica que leva uma pessoa a duvidar de suas qualificações, não se vendo com competência para realizar algo.
Ela pode acometer qualquer pessoa e geralmente está atrelada ao campo profissional, justamente por ser um ambiente que exige que as pessoas apresentem suas habilidades e qualificações com frequência.
Existem muitos motivos que podem levar uma pessoa a se comportar dessa forma, desde cobranças excessivas da família na infância, pressão acadêmica, perfeccionismo e até mesmo questões sociais.
Qualquer pessoa pode enfrentar essa condição, mesmo profissionais altamente qualificados e bem-sucedidos em suas carreiras.
Como identificar a Síndrome do Impostor?
É difícil fazer uma avaliação concreta, justamente pois momentos de insegurança podem acontecer com qualquer pessoa. Por isso, uma maneira de identificar se pode sofrer dessa síndrome é avaliar a regularidade com que toma certas atitudes. Confira quais:
Perfeccionismo
Claro que todo profissional comprometido com sua carreira quer fazer um bom trabalho, mas a busca por perfeccionismo costuma estabelecer um padrão muito alto que, se não atingido, mostra que o profissional é incompetente.
Dificuldade em receber elogios
Já parou para pensar no que falou ao receber um elogio de trabalho? Se por um acaso você minimizou a própria conquista de alguma maneira, pode ser um sinal de que se sente uma fraude e não-digno de tal exaltação.
Autodepreciação
O processo de autoconhecimento pode levar a realidades difíceis, mas uma forma de seguir em desenvolvimento e criar relações melhores, além de prosperar na carreira. Mas se você, ao se autoavaliar, só vir defeitos, é possível que esteja se autodepreciando.
Além disso, essa atitude também aparece se cometer uma falha, por menor que seja, que faz com que a pessoa se veja como indigna de sucesso.
Sentimento de “sorte”
Não, não se trata de se achar sortudo, mas sim de um sentimento de que não merece realmente nada do que alcançou na carreira. Foi promovido? Era sorte, não tinha mais ninguém na equipe. Conseguiu um cliente? Foi sorte, ele já estava interessado. Teve resultado num projeto? Foi sorte.
Esse sentimento de que não conquistou nada por mérito é muito comum em quem sofre de síndrome do impostor.
Autossabotagem
Por conta dessas questões que levam o profissional a não achar que as competências e capacitações necessárias, ele acaba por tomar atitudes que o sabotam, como procrastinar e deixar trabalhos importantes para a última hora.
Também pode acabar indo mal em entrevistas ou projetos que o ajudem a ter visibilidade, pois tem dificuldade em criar confiança e acreditar que consegue se dar bem em entrevistas ou outros processos.
Como combater a Síndrome do Impostor?
Antes de mais nada, é preciso entender que, como se trata de uma questão psicológica, se identificar as atitudes acima, o ideal é que busque apoio especializado. Os profissionais da psicologia que estudam esse fenômeno são capazes de se aprofundar nesse tema e ajudar a buscar ferramentas para superar essa questão.
Em paralelo, é possível mudar algumas atitudes que o ajudarão a mudar esse cenário e se valorizar no trabalho. Veja como:
Aceite o elogio
O primeiro passo é saber só agradecer quando alguém fizer um comentário positivo. Mesmo que em sua mente ainda existam muitos questionamentos e opiniões, guarde-os para depois. Agradeça e siga em frente.
Compartilhe seus sentimentos
Além de falar sobre o que sente a um psicólogo, se abre com um colega em quem confia, ou até mesmo amigos e familiares. Externalizar essas questões oferece mais perspectiva sobre esses pensamentos.
Analise o que está sentindo
Tente se basear em fatos para analisar o que está sentindo. Como alguns desses pensamentos são infundados, colocar as coisas em perspectiva pode dar um senso melhor da realidade.
Por exemplo, digamos que esteja aflito com uma apresentação, pois não sente que é capaz de fazer um bom trabalho. Busque em seu histórico outras apresentações anteriores e as avalie: você conseguiu transmitir o que queria?
Se a resposta for sim, é provável que esteja se preocupando em excesso. Se for não, você tem pontos concretos para mudar para a próxima apresentação.
Ter confiança na carreira ajuda o profissional a correr riscos, tomar decisão, ser mais assertivo e proativo, qualidades que o ajudarão a se desenvolver. Invista na sua carreira com a pós-graduação Anhanguera e busque formas de aumentar seu conhecimento, combatendo a síndrome do impostor no trabalho.