O que é ser uma liderança situacional? Saiba como aplicá-la!

barcos de papel na cor branca com um verde em destaque para ilustrar texto sobre liderança com Jeff Bezos

Liderar uma equipe exige muitas habilidades e, de acordo com o perfil de cada um, a forma como os colaboradores serão conduzidos é diferente. Existem muitas maneiras de comandar um time e um modelo que tem se destacado é a liderança situacional

Um líder precisa de diversas habilidades em sua função e, nesse estilo, uma das mais requisitadas é a capacidade de adaptação. Isso significa estar preparado para mudar o comportamento gerencial segundo o nível de maturidade e atuação dos colaboradores. Esse processo exige proximidade com a equipe e um olhar atento à forma de trabalho de cada um. 

O que é liderança situacional?

O conceito foi desenvolvido por dois especialistas em comportamento, Paul Hersey e Ken Blanchard, lá no final dos anos 1960. Segundo a teoria desenvolvida pelos dois, não há um jeito certo de ser líder, mas sim uma capacidade de olhar para as tarefas e adaptar sua forma de gerenciar com foco na performance. 

Isso significa criar um modelo de trabalho dinâmico e flexível, onde a ação pode variar de acordo com a situação. Sabendo disso, os líderes vão entender o nível de maturidade e performance de cada colaborador, e agir com cada um de forma diferente, encontrando a melhor maneira de motivá-los. 

Alguns profissionais precisam de um direcionamento maior, enquanto outros performam melhor quando têm mais autonomia. Na prática, isso significa que os líderes devem saber avaliar cada um e agir segundo essas necessidades. 

Como aplicar a liderança situacional?

Para isso, não é preciso manter um diário de trabalho de todos, ou estabelecer mil regras para cada possibilidade de ação. Na verdade, a teoria de Hersey e Blanchard oferece um cenário amplo de como observar o comportamento de cada um e como atuar a partir disso. 

Isso inclui uma combinação da avaliação das habilidades técnicas e da disposição do colaborador para realizar uma tarefa. Com isso, eles estabeleceram quatro níveis de maturidade, e quatro tipos de atuação dependendo de cada um. 

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Níveis de maturidade

  • M1 – baixa vontade e baixa capacidade: os liderados não têm a capacidade ou habilidade para realizar as tarefas por conta própria. Seja por falta de experiência, seja por motivação para tomar as decisões. 
  • M2 – alta vontade e baixa capacidade: aqui, os profissionais já possuem alguma experiência, portanto se sentem motivados, mas ainda necessitam de apoio para desenvolver as tarefas. 
  • M3 – baixa vontade e alta capacidade: nesse cenário, as habilidades técnicas do colaborador são adequadas, mas ele não se sente motivado ou disposto a assumir responsabilidades.
  • M4 – alta vontade e alta capacidade: nessa etapa, os profissionais têm as qualificações necessárias e a motivação para realizar as tarefas por conta própria, necessitando de menor envolvimento do líder. 

Liderança situacional

Avaliando os colaboradores a partir da matriz acima, a teoria da liderança situacional propõe quatro formas de atuação principais: 

  • E1 – Direção: direcionada para os colaboradores com perfil M1, exige uma relação mais próxima, com comunicação efetiva. No direcionamento, o líder deve passar instruções claras, que permitam o desenvolvimento da tarefa pelo colaborador, mas também a possibilidade de que ele evolua seu nível de maturidade. Aqui, ele passa as instruções e supervisiona a execução.
  • E2 – Orientação: também centraliza o papel na liderança, porém oferece mais flexibilidade para o colaborador, que tem a oportunidade de oferecer suas próprias sugestões. Seu papel aqui é de mentoria, portanto ele ainda vai indicar o que deve ser feito, mas com menos supervisão, oferecendo certa autonomia ao liderado com perfil M2. 
  • E3 – Apoio: nesse caso, o líder atua de forma mais indireta, servindo como um apoio para o desenvolvimento da tarefa pelo colaborador. É o profissional M3 que tomará a frente nas decisões, como forma de motivá-lo, enquanto a liderança guiará o processo. 
  • E4 – Autonomia: lidando com profissionais de maturidade M4, o líder tem mais confiança nas habilidades do colaborador, e oferece autonomia para que ele realize suas tarefas por conta, pois sabe o que fazer e tem compreensão total de suas responsabilidades. 

Quais as características de um líder situacional? 

Comunicação

Especialmente na atuação com profissionais de menor maturidade, uma comunicação clara e efetiva é necessária. A ideia é sempre permitir que ele evolua e, para isso, ele precisa estar consciente de sua atuação e porque precisa de uma supervisão mais apurada. 

Treinamento

Além de guiar as pessoas durante a execução da tarefa, o líder deve ser capaz de propor treinamentos adequados que irão ajudar na evolução dos colaboradores. Seja para se aprofundar nos procedimentos internos, seja para se especializar na carreira com uma pós-graduação, ele precisa estar atento ao desenvolvimento da equipe. 

Observação

Para se desenvolver na liderança, saber ouvir é uma das principais características. Mas, nesse modelo, é preciso ir além e ser capaz de observar a atuação das equipes. Claro que o contexto ajudará a classificar os colaboradores, mas estar presente no dia a dia ajudará a entender como cada um atua. Só assim será possível aplicar os conceitos da liderança situacional e saber como agir de acordo com as indicações acima. 

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