Uma liderança tóxica pode mudar toda a dinâmica do ambiente de trabalho e impactar negativamente o engajamento da equipe, de modo que fique cada vez mais difícil se dedicar. Por isso, quanto antes se identificar um chefe tóxico, melhor para começar a pensar em soluções.
Nem sempre é possível identificar o chefe tóxico assim, de cara. Na verdade, o mais comum é que esse comportamento fique notável apenas com o passar do tempo, por meio de uma série de atitudes do cotidiano.
Mas um primeiro passo para saber se o chefe tem comportamentos saudáveis, é entender o conceito de liderança. Dessa forma, é possível perceber se isso é colocado em prática ou não.
Qual é o conceito de liderança?
A liderança pode ser definida como a capacidade de influenciar, inspirar e guiar outras pessoas em direção a objetivos comuns. Assim, o líder deve ser alguém que assume a responsabilidade de motivar uma equipe.
Existem vários tipos de liderança, baseadas em conceitos diferentes. Tudo depende do comportamento do profissional que exerce tal cargo, da cultura da empresa em questão e de como se dá a relação com a equipe na prática. Um exemplo é a liderança antiburnout, em que a concentração está voltada diretamente ao bem-estar da equipe.
A liderança humanizada é parecida: consiste em exercer a influência sobre as ações de um grupo de maneira mais empática e solidária, prezando o bem-estar físico e emocional do colaborador.
Outro estilo de liderança é a proativa, que busca aumentar o engajamento e alcançar resultados superiores. Nessa linha, a ideia é deixar para trás o hábito de resolver questões à medida que surgem e investir em um comportamento que se antecipa às adversidades.
Mas qualquer que seja o estilo, um bom líder preza pela comunicação transparente, sabe se colocar no lugar do outro e faz o possível para mediar conflitos e manter um bom relacionamento com todos os colaboradores.
Como saber se seu chefe é tóxico?
Ficar atento ao modo como o seu chefe delega tarefas e lida com as pressões do cotidiano já é uma maneira de identificar com mais facilidade os traços tóxicos. Preste atenção nas seguintes características:
1 – Microgestão
A liderança se torna tóxica a partir do momento em que o colaborador se sente sufocado com as cobranças constantes e mínimas. A microgestão envolve monitorar e controlar excessivamente as atividades dos membros da equipe, o que impacta a autonomia e a confiança.
2 – Parcialidade
Um líder precisa ser imparcial. Por isso, sinais de favoritismo por algum dos colaboradores também pode ser sinal de um comportamento tóxico (por exemplo: pedir as tarefas sempre para outras pessoas, impedindo que alguém específico tenha as demandas mais difíceis, tomar partido sempre para o lado dessa pessoa em conflitos, ignorando os erros cometidos por essa pessoa, etc).
3 – Perseguição
Ainda partindo dessa linha de raciocínio de que o líder deve ser imparcial, pode acontecer de perseguir um profissional específico, chamando a atenção de maneira excessiva e desproporcional, impedindo deliberadamente o crescimento dessa pessoa, etc.
4 – Falta de reconhecimento
Quando a equipe se vê desvalorizada pela falta de reconhecimento, pode ser sinal de que algo está errado na liderança. Um bom líder deve fazer com que os colaboradores tenham suas conquistas celebradas. Por outro lado, um chefe tóxico não atribui aos colaboradores o devido reconhecimento por seus feitos.
Existem casos ainda mais graves, em que o líder não só deixa de reconhecer as conquistas dos outros, como também rouba os créditos da equipe para si. Normalmente, é um comportamento que está atrelado à insegurança.
5 – Ambição pessoal acima do bem-estar da equipe
Líderes tóxicos não medem esforços para conseguir o que querem, por isso priorizam sua própria ascensão profissional em detrimento do desenvolvimento da equipe. Assim, não são confiáveis, e podem puxar o tapete de qualquer um, a qualquer momento. Normalmente, isso se reflete em colaboradores sempre com medo.
Como lidar com uma liderança tóxica?
Muitas vezes, o colaborador se vê diante de um dilema: como lidar com o líder tóxico? Se já tiver identificado um ou mais comportamentos anteriormente descritos, vale ficar atento e buscar uma maneira de manter o seu bem-estar.
1 – Tente mudar de setor ou de equipe
Pedir para mudar de equipe pode ser uma boa ideia porque, além de proporcionar a oportunidade de conhecer novas funções e novos colegas (o que, inclusive, ajuda a expandir o seu networking), pode despertar de novo a sua motivação, de modo que o trabalho volte a se tornar prazeroso. Assim, encontra um novo significado por trás do trabalho, o que facilita para alcançar a satisfação profissional.
2 – Cuide da sua saúde mental
Você é a prioridade. Busque métodos para cuidar da saúde mental e encontrar o bem-estar em meio a essa rotina que tem um potencial para te deixar mal. Um psicólogo pode ser imprescindível nesse momento.
Desenvolver estratégias de autocuidado para manter seu equilíbrio emocional fora do ambiente de trabalho também ajuda a passar por essa situação:
- Dê preferência a uma alimentação saudável;
- Faça exercícios físicos;
- Encontre atividades que sejam prazerosas para as horas vagas;
- Reserve um tempo para ficar com as pessoas de que gosta.
Algumas técnicas como meditação e yoga também te ajudam a acalmar e dispersar o estresse do cotidiano.
3 – Cuide do seu desenvolvimento
Você não pode deixar que a liderança tóxica impeça o seu desenvolvimento profissional. Concentre-se em aprimorar habilidades que possam ajudá-lo a avançar, independentemente das circunstâncias. Continuar os estudos e fazer uma pós pode ajudar a te deixar capacitado para cargos mais altos, uma vez que adquire conhecimento e experiência.
Também funciona como uma forma de aumentar o seu repertório e tornar o seu currículo mais atrativo para posteriores oportunidades profissionais. Para isso, invista nos cursos da Faculdade Anhanguera.