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Carreira em Pauta

O outro lado do CV: 4 dicas para um currículo visualmente agradável

ilustração para representar currículo visualmente agradável

O currículo é o primeiro contato que a empresa tem com os seus candidatos. É por meio dele que ela pode conhecer o básico sobre seu possível futuro colaborador, analisar suas forças, sua experiência e todo o conhecimento que ele adquiriu ao longo da sua carreira.

Seja para os que estão começando e têm um currículo mais enxuto, seja para os que têm uma gama extensa de cursos e histórico profissional, a regra que prevalece e apenas uma: diga apenas o essencial, da forma mais objetiva possível.

Profissionais de RH sempre dão diversos conselhos sobre como preparar um currículo de sucesso, o que destacar, o que não precisa entrar, dentre outras dicas. Mas o que muitos não falam – até mesmo por não terem domínio técnico nesses quesitos – é como pensar na aparência desse currículo e em como o Design pode fazer a diferença nele e na sua contratação.

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Depois de seguir todas as dicas dos recrutadores, selecionar todas as informações que deseja inserir, chegou o momento de formatá-lo. Hoje, existem muitos modelos prontos e diversas ferramentas de automação que facilitam muito seu trabalho sem a necessidade de um profissional de Design.

Contudo, ainda assim é necessário ter um cuidado personalizado, para que seu currículo fique em linha com o que a vaga que você almeja exige e para que demonstre de diversas formas as suas habilidades técnicas e socioemocionais.

Por isso, trouxemos para você algumas dicas que são valiosas no momento de formatar seu currículo de forma mais personalizada:

1 – Seja On & Off

O primeiro ponto ao enviar um arquivo de currículo é pensar que ele deve ser universal. O recrutador deve ter a possibilidade de fazer sua leitura em qualquer dispositivo a qualquer momento. Para isso, só há uma resposta: envie um arquivo PDF. É mais do que o suficiente e demonstra praticidade. Mas não vale apenas gerar um arquivo a partir do LinkedIn, ok? Isso pode demonstrar falta de cuidado e de personalização dentro do que você inseriu para determinada vaga.

Sabemos que hoje tudo é feito no meio digital, mas é preciso sempre pensar em todos os cenários possíveis quando se trabalha com qualquer material gráfico. Questione-se sempre: Onde isso será visualizado? Na tela do computador? No celular? Há a possibilidade de imprimirem em algum momento? Para essa vaga em questão, preciso de algum conteúdo ou formato específico? Tenho que ter um material mais simples e objetivo ou oferecer mais detalhes?

Seja capaz de prever todo e qualquer cenário, pois isso dará ao recrutador o sentimento de que você é um profissional preparado e prevenido, sempre pronto para qualquer adversidade. Mesmo um detalhe técnico destes em um currículo pode já dar indícios de skills que o profissional possui.

Se o material tiver alguma possibilidade de ser impresso – seja porque o entrevistador prefere tê-lo em mãos na hora da entrevista ou apenas por algum tipo de burocracia da empresa – pense em tudo que possa favorecer isso. Os detalhes a serem pensados podem ser:

  • Não utilizar cores chapadas de fundo, para não gerar impressões muito lentas e com muito gasto de tinta;
  • Não aplicar cores de tonalidades muito próximas, para que erros de cor não aconteçam e não confundam a hierarquia dos elementos;
  • Dê bons espaços entre os elementos, entre os textos e entre as bordas limite da área útil (para que não aconteça nenhum tipo de deslocamento do papel);
  • Não use nenhuma fonte muito trabalhada ou com muitos detalhes, para que os caracteres não se juntem e deixem as palavras ilegíveis (dê preferência por fontes mais retas e geométricas).

Mas, se o recrutador for alguém mais digital, que prefere ver tudo de forma rápida, até mesmo pelo celular, para ganhar tempo, analise se o seu currículo pode ser adaptável para isso, com estratégias como:

  • Utilizar blocos de texto que funcionam em qualquer posição (seja na vertical ou na horizontal);
  • Evitar imagens/ícones ou outros elementos que deixem o arquivo pesado e/ou dificultem o seu carregamento;
  • Fazer testes em ferramentas de leitura de PDF que modificam a estrutura do arquivo de acordo com o dispositivo que o lê.

2 – Hierarquia é tudo!

Parece um tanto quanto óbvio, mas manter as fontes e todos os elementos sempre com o mesmo tamanho, sem nenhum espaço ou outro tipo de divisão, pode dificultar a leitura do seu currículo. Isso tudo porque nossos olhos, muitas vezes, fazem uma “leitura dinâmica”, em que percorremos o olhar no todo e paramos apenas onde desejamos. Essa identificação é muito rápida e se torna mais ainda quando a formatação favorece algum tipo de categorização.

E para resolver isso, a dica é simples: crie padrões e faça com que eles conversem entre si. Um exemplo disso é o caso a seguir: se por padrão, você definir seu texto em fonte Arial tamanho 11, coloque os subtítulos em tamanho 12 e os grandes títulos em tamanho 14. Condicione um padrão ao outro pra que eles façam sentido.

E esses padrões não necessariamente precisam ser apenas de tamanho. Podem ser de espessura (Regular, Bold, etc.), de efeitos de texto (sublinhado, itálico, preenchido ao fundo, etc.) e outros.

Uma outra forma de auxílio com a hierarquia é trabalhar com uma divisão de sessões. Crie um espaço para dados pessoais, outro para experiência profissionais, outro para cursos e formações e assim por diante. Você pode dividir essas áreas com quadros, molduras, linhas divisórias ou apenas um simples respire em branco. Analise sempre o que faz sentido dentro da sua formatação.

3 – Uma leitura confortável e democrática

Muito mais do que pensar nos itens já discutidos anteriormente, é preciso pensar em apenas uma palavra: democratização. É muito simples enxergar cenários dentro da nossa bolha e da nossa realidade cheia de privilégios, mas precisamos pensar em pessoas que não têm as mesmas condições que nós temos.

Dado isso, conseguimos exemplificar algumas situações do que ajuda ou prejudica, quando falamos de construir um material acessível. Se fazemos um currículo em formato de imagem com elementos visuais que não podem ser lidos, por exemplo, por uma ferramenta de leitura de textos em áudio, prejudicamos profissionais que são deficientes visuais, pois não poderão ler o conteúdo que você colocou no seu CV. É preciso formatá-lo de maneira que qualquer leitor seja capaz de fazer a audiodescrição do conteúdo.

Outro exemplo é para profissionais com baixa visão. Se fazemos um material com fontes muito pequenas ou cores muito claras, esse público certamente terá dificuldades em compreender o conteúdo que trouxe. Opte por cores que tenham alto contraste com o papel e com o fundo da tela (o bom e velho preto e branco não tem erro) e com uma fonte de tamanho mínimo de 11 pontos.

Espaços entre as linhas, entre os blocos de texto e uma boa separação de temas são outras estratégias que ajudam pessoas que tenham alguma dificuldade em ler o que apresentou. Todas essas dicas são apenas alguns exemplos de como um pequeno exercício de empatia pode fazer a diferença no momento de formatação do currículo.

4 – Seja você mesmo!

Aqui vai a dica mais importante de todas: a personalidade do seu currículo. Não tem porque fazer uma formatação colorida e criativa se você busca uma colocação no ramo jurídico, por exemplo. Seja condizente com sua profissão, com a área que atua e até – de forma mais personalizada ainda – com a empresa na qual você quer enviar seu currículo.

Pense que ele é seu cartão de visitas dentro da empresa e é o primeiro contato que ela tem com você. É uma forma rápida e resumida de te conhecer e saber o que você tem de mais relevante que sejam fatores que agregam para a empresa que busca um profissional.

Esperamos que essas dicas te ajudem a conquistar o cargo que você tanto deseja. Temos certeza que escolher um curso de Pós Online já é o primeiro passo pra isso, mas com esse empurrãozinho, o sucesso é certo! Nos vemos em breve. Um abraço e boa sorte!

Autor: Raissa Couto

Formada em Design Gráfico e atuante na área por mais de 10 anos, especialista e constante estudiosa de Branding. Pós-Graduada em New Branding Innovation pela Rio Branco e em Design Instrucional pela Anhanguera. Especialista em Branding Aplicado pela LAJE (escola de estudos da empresa Ana Couto Branding), possui diversos projetos de gestão de marcas e Design nos setores de educação, alimentação, entretenimento, indústria e outros.

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