Entrevista de emprego comportamental: como se preparar para esta etapa?

imagem para ilustrar o texto de entrevista de emprego comportamental

Além de conhecer o candidato e suas competências técnicas para a vaga, um processo seletivo também conta, geralmente, com uma etapa de entrevista de emprego comportamental. Em outras palavras, é o momento em que o recrutador avalia o seu comportamento em situações passadas para entender melhor o seu perfil profissional. Mas como, exatamente, isso acontece?

Como é uma entrevista de emprego comportamental?

Você pode não ter percebido, mas provavelmente já passou por essa etapa durante a sua vida profissional. Tente buscar na memória uma entrevista em que o recrutador te pediu, por exemplo, para contar de um projeto que você teve que coordenar. Ele quis saber como você lidou com essa responsabilidade, se precisou resolver algum problema ou conflito, como fez isso e quais foram os resultados.

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Conseguiu identificar? Nesse caso, o entrevistador queria detalhes para saber qual o seu estilo de liderança e forma de lidar com as adversidades, ou seja, como você se comportou diante dessa situação. Outros exemplos clássicos são perguntas sobre conflitos com chefias, experiências sob pressão, problemas pessoais que surgiram no meio do expediente, entre outros.

Essa é uma das ferramentas que o setor de recrutamento utiliza para entender os pontos fortes e fracos dos candidatos, vulnerabilidades, potenciais e linhas de raciocínio. Dessa forma, é possível ter uma noção um pouco mais concreta de como você poderá agir no futuro e se esse perfil se encaixa com as necessidades daquela vaga.

Como podemos perceber, o universo de avaliações de comportamento é amplo e abrange as mais variadas perguntas, por isso é impossível prever exatamente quais questionamentos serão feitos a você.

Quais perguntas o recrutador pode fazer?

Sendo assim, podemos apenas destacar as perguntas mais comuns e algumas linhas de raciocínio que o recrutador possivelmente irá seguir, dependendo da vaga, empresa e perfil da posição que você quer conquistar.

Por isso, separamos 10 perguntas populares em análises comportamentais para você entender melhor o processo e não ser pego de surpresa na entrevista. Confira a seguir.

1 – Você já teve que coordenar algum projeto? Como foi o processo?

2 – Já teve problemas ou conflitos com chefes anteriores?

3 – Como você costuma solucionar problemas no trabalho?

4 – De que forma descreveria seu último chefe?

5 – O que faz quando precisa executar tarefas à contragosto?

6 – Como você corrige seus erros? Dê exemplos.

7 – Qual foi o último episódio em que teve que agir sob pressão? Como foi a experiência?

8 – Conte sobre um resultado positivo que obteve e como chegou até ele.

9 – Como você se comporta em apresentações em público?

10 – Qual foi o maior desafio profissional que você já teve que enfrentar? Conte detalhes.

Como posso me preparar?

Contudo, é importante ter em mente que tudo pode mudar, e melhor do que decorar perguntas e treinar respostas é estar preparado para lidar com essa parte do processo seletivo. O ideal é conseguir responder de forma clara para que o recrutador te avalie de acordo com a vaga disponível.

Até porque, você concorda que mentir na entrevista e ser contratado para uma posição que pedia um perfil diferente do seu pode trazer mais problemas do que soluções?

Sendo assim, elaboramos um pequeno guia de 5 passos para orientar a sua preparação antes de um processo seletivo.

1 – Estude a empresa e a vaga em questão

O primeiro passo é entender melhor o perfil da empresa e da vaga que você busca conquistar. Por meio do site institucional e da própria descrição do processo seletivo, você já pode identificar uma série de sinais demonstrando o que pode ser esperado de um profissional nessa empresa e na vaga específica.

Por exemplo, vagas com “visão de dono”, “coordenação de times” e “gerenciamento de projetos” provavelmente buscam alguém com uma postura de liderança, que se relacione facilmente com outros membros da equipe e, possivelmente, que também consiga trabalhar bem mesmo sob pressão.

2 – Relembre os grandes destaques da sua trajetória profissional

De acordo com o perfil da empresa e as habilidades necessárias para a vaga, faça o exercício mental de relembrar momentos impactantes da sua carreira que se conectam, de alguma forma, com a posição almejada.

O essencial é ter bons exemplos de situações que foram desafiadoras, te ensinaram novas lições, impulsionaram seu desenvolvimento profissional e contribuíram para o contexto geral, incluindo colegas de trabalho, a empresa onde trabalhava e clientes, por exemplo.

Todavia, a ideia não é focar apenas em momentos bons e positivos. O recrutador também quer saber como você se sai ao enfrentar adversidades, quando faz escolhas erradas e é pressionado, porque o comportamento nessas situações diz muito sobre a sua personalidade, perfil de profissional e habilidades que mais se destacam.

3 – Recorra aos feedbacks de antigos líderes

Se estiver com dificuldade para fazer esse exercício, feedbacks antigos podem ajudar. Recorra às suas avaliações de desempenho e leia com atenção o feedback de líderes em empregos passados, pois muitas vezes, chefes conseguem identificar nossos pontos fortes e momentos de destaque de forma mais objetiva.

4 – Use o método STAR para montar suas respostas

Para estruturar as suas respostas, tenha em mente o método STAR, que consiste em criar uma narrativa baseada em quatro pontos: situação, tarefa, ação e resultado. O objetivo é seguir esse roteiro para dividir uma história e criar um fio condutor, que poderá ser seguido pelo recrutador ao longo da conversa. Veja abaixo como seguir o método.

 

  • Situação: comece explicando o contexto que levou ao objeto da pergunta do recrutador.
  • Tarefa: explique qual era a sua função dentro dessa situação, ou seja, quais tarefas foram designadas a você.
  • Ação: é hora de detalhar tudo o que você fez – e como realizou isso – nessa conjuntura.
  • Resultado: por fim, ressalte os resultados das suas ações e as lições aprendidas.

 

5 – Não minta ou manipule as respostas

Criar expectativas que não podem ser alcançadas é um cenário desfavorável para ambas as partes. Após a contratação, a empresa pode se sentir enganada pelo que foi contado durante o processo, enquanto o profissional não vai conseguir realizar suas tarefas, terá problemas de desenvolvimento e pode até ser desligado.

Por isso, evite mentir ou florear suas respostas em uma entrevista de emprego comportamental. Lembre-se que a honestidade vai fazer toda a diferença no seu desempenho, e que é justamente o seu comportamento e forma de agir que está sendo avaliado nessa etapa do processo seletivo.

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