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O que é uma entrevista não estruturada? Como fazer? Saiba tudo!

aperto de mãos para ilustrar texto entrevista não estruturada

Se você trabalha com Recursos Humanos e Gestão de Pessoas, ou deseja atuar nesta área, você provavelmente já sabe que existem inúmeras técnicas, metodologias e estratégias para a condução de um bom processo seletivo, não é mesmo? E uma delas é a entrevista não estruturada. Mas você sabe exatamente como ela funciona?

Como o nome já adianta, esta é uma modalidade que se opõe às entrevistas estruturadas, que contam com um roteiro pré-estabelecido de perguntas a serem feitas a todos os candidatos. Contudo, engana-se quem acredita que não há regras e bases para as entrevistas sem estrutura. E neste artigo você vai aprender tudo sobre elas.

O que é uma entrevista não estruturada?

Indo direto ao ponto, as entrevistas não estruturadas não tem um questionário a ser seguido de maneira rígida. Na realidade, o recrutador é o grande responsável por conduzir a conversa, que terá uma série de perguntas para o candidato, mas de maneira espontânea e seguindo o fluxo e o sentimento da ocasião.

Sendo assim, podemos dizer que esta é uma entrevista livre, que leva mais em consideração as características do momento do que um roteiro montado com antecedência. Olhando de fora, ela pode se assemelhar a um bate-papo casual, inclusive, dada a informalidade que toma conta da conversa, sem deixá-la não-profissional.

Por conta disso, ela é um modelo interessante para etapas mais avançadas de um processo seletivo. Por exemplo, depois de uma entrevista estruturada, ou semiestruturada, para obter todas as informações essenciais dos candidatos, você pode partir para uma não estruturada na hora de conhecê-los melhor.

Afinal, sem um roteiro os candidatos ficam mais livres, conseguem se aprofundar na conversa, criar conexões com o recrutador e mostrar aspectos comportamentais durante o processo. Por exemplo, essa é uma ótima estratégia para as etapas de fit cultural.

Mas além disso, por que esse tipo de entrevista traz benefícios para o processo de seleção?

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Quais são os seus benefícios?

A resposta é sim. As entrevistas sem estrutura contam com uma série de benefícios, como você vai descobrir na lista abaixo:

1 – Conforto e acolhimento dos candidatos

Com mais liberdade e um toque humano ao processo, os entrevistados vão se sentir mais confortáveis e acolhidos. Assim, o andamento da entrevista pode ser mais positivo, sem as amarras e rigidez das outras possibilidades de conversa.

2 – Oportunidade de se aprofundar na conversa

Sem um roteiro pré-estabelecido, fica mais fácil para os profissionais se aprofundarem nas respostas e abordarem questões extras, que vão adicionar nuances à sua percepção das pessoas. Assim, a entrevista será ainda mais profunda e densa, saindo da superfície e mostrando mais camadas ao longo da conversa.

3 – Possibilidade de conhecer mais da personalidade dos profissionais

Por conta disso, você será muito mais capaz de identificar as características pessoais dos candidatos, ou seja, a personalidade.

Hoje em dia, já sabemos como fatores emocionais e comportamentais são importantes para o dia a dia no trabalho. Então, essa será sua grande oportunidade de entender melhor aquela pessoa para além da sua capacitação técnica, experiências e jornada acadêmica.

4 – Entender o comportamento de cada um deles na prática

Falando em comportamento, esse aspecto também é muito mais fácil de ser avaliado nas entrevistas não estruturadas. Como os entrevistados se sentem mais confortáveis, seu comportamento perde a rigidez e assume uma face mais natural, que se aproxima de como ele será no cotidiano da empresa.

5 – Enxergar as nuances dos candidatos

Como resultado, você vai enxergar muito além em cada um que recrutar. Muitas de suas nuances, hábitos, pequenas manias, formas de falar e se expressar terão mais espaço para aflorar, adicionando informações valiosas para o processo seletivo.

Há desvantagens com esse método?

Contudo, nem tudo são flores, e por isso é importante mesclar as técnicas de entrevistas ao longo dos processos seletivos. Nesse contexto, as desvantagens das entrevistas não estruturadas incluem:

1 – Menos controle sobre a situação

Sem um roteiro de base, o recrutador perde um pouco do controle sobre a entrevista. Por mais que ele ainda seja a figura de autoridade na situação, é muito mais fácil que as conversas percam o rumo principal e cheguem a um ponto que pouco vai agregar à avaliação do candidato.

2 – Possibilidade de esquecer de abordar algum ponto

No mesmo sentido, pode ser que você se esqueça de algum ponto importante a ser abordado. Assim, será mais difícil conseguir avaliá-lo com os mesmos critérios em um momento futuro.

3 – Chance de ficar sem saber o que perguntar

Caso você não se prepare, ou a entrevista tome rumos inesperados, pode ser que você fique sem saber exatamente o que perguntar. Esse pode ser um grande problema, visto que é necessário aproveitar aquele momento e respeitar o tempo do candidato.

4 – Ausência de um padrão para comparar os candidatos

O modelo mais “livre” pode ajudar a se aprofundar no conhecimento dos entrevistados, todavia, você pode se encontrar em uma situação complicada após todas as conversas. Há a chance de cada entrevista ter focado em um aspecto diferente, dificultando a comparação entre candidatos para encontrar o perfil mais adequado.

5 – Grande influência de fatores subjetivos no processo

Esse fator, inclusive, pode levar a um problema importante: a influência de fatores subjetivos. Como não há um padrão, talvez o recrutador prefira um candidato apenas porque se identificou mais com ele, encontrou semelhanças, gostos em comum ou tem preferência por personalidades como a dele.

É por isso que incluir mais de um método de entrevista é fundamental para qualquer método seletivo.

Como montar uma entrevista não estruturada?

Agora que você já sabe todos os pontos negativos e positivos, chegou o momento de descobrir como montar uma entrevista no modelo não estruturado. Afinal, ser uma situação mais “livre” não significa que não há planejamento por trás.

1 – Estude os detalhes da vaga e o perfil de candidato buscado

O primeiro passo é estudar os detalhes da vaga que está em aberto e também o perfil procurado pela empresa. Separe algumas palavras e pontos-chave para resumir o que há de mais importante, assim você conseguirá manter o foco na entrevista, com atenção para não se perder na dinâmica mais informal.

2 – Revise as informações dos candidatos

Este não será o seu primeiro contato com o candidato. Então, aproveite para revisar as informações que você já tem sobre ele. Vale reler o currículo, dar uma olhada no LinkedIn e também buscar os dados colhidos anteriormente, em outras entrevistas e situações do processo seletivo.

3 – Faça um pequeno roteiro para lembrar dos tópicos importantes

Apesar de não haver roteiro de perguntas, nada te impede de elaborar um pequeno roteiro para a conversa em si. Ali, vale a pena incluir os tópicos do primeiro ponto desta lista, adicionar o que você precisa descobrir na conversa e questões que gostaria de abordar, como alguma experiência anterior do entrevistado e sua trajetória acadêmica.

4 – Foque em perguntas mais abertas

Como a ideia das entrevistas sem estrutura é dar liberdade para a expressão do profissional, prefira perguntas mais abertas, com oportunidades de aprofundamento. Assim, o assunto vai render mais e você terá mais chances de conhecer o candidato.

5 – Saiba identificar divagações

Um problema comum em entrevistas assim é a fuga do tópico principal. Afinal, com conforto, acolhimento, um toque de informalidade e leveza, é fácil que tanto o entrevistado quanto o recrutador embarquem em conversas paralelas.

Por isso, mantenha o seu radar ligado para identificar divagações e conversas que fujam do objetivo principal, colocando tudo de volta nos trilhos.

6 – Lembre-se que apesar da informalidade, o momento ainda é profissional

Apesar da informalidade, você precisa manter o profissionalismo na entrevista. Nada de fazer perguntas invasivas, muito pessoais ou que deixem o candidato envergonhado. Mesmo sem roteiro, é necessário garantir que todos os limites sejam respeitados.

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Autor: Equipe Blog Portal Pós

O blog do Portal Pós traz conteúdos sobre carreira, mercado de trabalho, tendências e inovação. Aqui você também encontra textos sobre crescimento pessoal, curiosidades e tudo que envolve o mundo da pós-graduação.

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