Por que tanta gente mente no currículo?

por que tanta gente mente no currículo

Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, mentir em currículos continua sendo um fenômeno corriqueiro no universo profissional. Enquanto alguns fingem ter conhecimento sobre ferramentas básicas que nunca tiveram contato, outros podem chegar a inventar premiações que nunca receberam. Mas afinal, por que tanta gente mente no currículo?

O assunto, visto por muitos como uma polêmica profissional, levanta desde debates éticos, reflexões e até mesmo uma curiosidade sobre as consequências da ação.

Afinal, por que tanta gente mente no currículo?

Muitos são os motivos que levam as pessoas a mentirem em seus currículos, mas o principal deles é, sem dúvidas, a tentativa de impressionar o empregador, fingindo ser algo que não se é. 

Quando pensamos em uma vaga de emprego que queremos, é comum imaginarmos também a concorrência que teremos. E é aí que a mentira, para algumas pessoas, vira uma solução.

Se não é uma tentativa de impressionar, a mentira pode ser usada para se adequar naquela vaga que o candidato se sente totalmente apto, exceto por um detalhe – um idioma não dominado, uma residência longe dos limites exigidos pela empresa ou outro detalhe.

A falta de confiança também é um combustível que leva candidatos, que não conseguem enxergar suas qualidades e qualificações, a inventarem as habilidades que acreditam que deveriam ter para conquistar o cargo almejado.

Além de todos esses casos, ainda existe o fator desespero, encontrado em algumas situações. Movidos pela emergência de encontrar um trabalho – que coloque a vida financeira em ordem – ou ainda pela necessidade de entrar no mercado financeiro – que, muitas vezes, exige experiência até mesmo em cargos mais juniores -, concorrentes sentem que mentiras podem ajudá-lo a alcançar o objetivo.

Quais as consequências da mentira no CV?

Ninguém que mente espera ser pego na mentira. Inclusive, um fator que pode impulsionar as falsas informações em currículos é justamente a sensação de que nada irá acontecer como consequência ao ato. Mas vale lembrar sempre que a verdade pode vir à tona de diversas maneiras.

A descoberta pode acontecer no momento da entrevista de emprego. Imagine a seguinte situação: o candidato assinalou em seu currículo ter conhecimento intermediário em determinada língua, que nunca teve contato antes. Durante a entrevista, descobre que o entrevistador é fluente neste mesmo idioma. O entrevistador, animado, decide bater um papo com o candidato, que não entende nada do que ele diz.

Imagine a situação, o candidato sendo pego na mentira durante o processo seletivo. Isso provavelmente custará a eliminação dele – segundo o mais recente Índice de Confiança da Robert Half, quase 70% dos recrutadores já eliminaram candidatos ao encontrarem mentiras no currículo.

Mas, pensando em outra situação hipotética, imagine que o candidato foi recrutado para a empresa. Porém, ele de fato precisará do conhecimento daquele idioma em funções diárias, como realizar reuniões com clientes internacionais.

Seja na primeira, seja na segunda situação, os danos são tanto para o candidato quanto para o empregador. O candidato precisará lidar, na primeira situação, com o constrangimento da situação e a perda da vaga. No caso de ter sido empregado, terá que enfrentar a perda do emprego e até mesmo o fim de sua reputação.

Já o empregador, no primeiro caso, perdeu o tempo que poderia estar entrevistando outro candidato. Já no segundo caso, precisará lidar com todos os transtornos envolvidos, como os custos de recrutamento e demissão. 

Quais são as mentiras mais comuns encontradas em currículos?

As informações falsas em currículos vão desde supervalorização de experiência até a invenção completa de, por exemplo, um curso nunca feito antes.

Confira algumas informações falsas encontradas em currículos:

  • Inglês avançado ou fluente, quando o candidato ainda está no básico;
  • Espanhol intermediário ou básico, quando o candidato nunca teve contato com a língua;
  • Domínio de ferramentas básicas, exigidas em maior parte dos cargos, sem ter, de fato, o conhecimento;
  • Experiências infladas, em que o candidato conta ter tido experiências de liderança que nunca foram vividas;
  • Cursos nunca iniciados citados como concluídos;
  • Referências falsas, em que o candidato cria um personagem que o indica, para parecer mais recomendado ao cargo;
  • Prêmios nunca conquistados, citados como ganhos;
  • Citações de viagens, trabalhos como freelancers ou qualquer outra experiência requisitada para a vaga;
  • Datas de emprego falsificadas, como início ou término alterados, com o objetivo de esconder o período em que esteve desempregado, ou ainda aumentar seu período de experiência em determinado cargo.

Honestidade desde o processo seletivo

Por mais assustador que pareça ser perder a vaga que tanto quis, é sempre importante lembrar que a honestidade também é uma característica muito valorizada dentro das empresas. Incluir apenas informações verdadeiras no currículo, priorizando a honestidade e a transparência, é o melhor caminho.

Vale muito mais ser sincero com o recrutador e explicar as razões para ainda não ter aquela qualificação exigida, mostrando-se sempre disposto a evoluir, adquirir novas habilidades e enriquecer o currículo, do que mentir.

Além de se demonstrar disposto a crescer, vale também tirar os planos do papel e colocá-los em prática. Investir em um programa de pós-graduação, por exemplo, é um jeito eficaz de deixar o seu currículo mais rico e atraente. Conheça os cursos da pós-graduação Anhanguera e dê um UP no seu currículo.

Outra dica é ler os textos do nosso blog, que fala sobre carreira, pós-graduação, mercado de trabalho e outros assuntos – como este texto, que explica por que tanta gente mente no currículo. As leituras podem te ajudar no enriquecimento de conhecimento sobre o ambiente profissional, consequentemente aumentando seu sucesso na carreira.

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