Quem fez tecnólogo pode fazer pós-graduação?

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De acordo com o Portal do MEC, os cursos tecnólogos representam, hoje, 16% dos cursos de graduação do Brasil. Muito atrativos para os ingressantes no Ensino Superior graças a alta empregabilidade, esses cursos vêm ganhando espaço nas instituições de ensino, e agora podem até ser oferecidos pelas IES.

Ainda assim, eles são considerados recentes na Educação Superior brasileira. Isso porque, embora tenham surgido em 1969, com o Decreto nº 547, foi apenas a partir da década de 1990 que eles se popularizaram no país, sobretudo nas universidades privadas.

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Por isso, não é raro que os cursos tecnólogos ainda sejam objetos de muitas dúvidas. Uma delas, bastante comum, é se quem faz o tecnólogo pode fazer pós-graduação. A resposta objetiva é sim! Mas, para entender melhor o porquê, você pode continuar lendo este texto.

O que é um curso tecnólogo?

Criados originalmente a partir do Decreto nº 547, que autorizava as Escolas Técnicas a realizar a oferta de cursos superiores de curta duração, os cursos tecnólogos só se tornaram populares no Brasil a partir da década de 1990.

De modo geral, eles são cursos de ensino superior focados em conteúdos específicos de uma determinada área. Dessa maneira, têm uma duração menor, que pode variar entre 1 ano e 6 meses e 2 anos e meio. 

É comum ouvir-se dizer que esses cursos são mais voltados para o mercado de trabalho, e isso acontece porque, ao contrário de uma graduação tradicional, os tecnólogos focam em conhecimentos práticos e no desenvolvimento de competências técnicas exigidas pelo mercado. Eles também estimulam o desenvolvimento de competências socioemocionais.

Vale lembrar, ainda, que nem todo curso de graduação pode ter um tecnólogo. Algumas formações, como Medicina, Direito ou Psicologia, exigem um diploma de bacharelado para que o profissional possa atuar na área.

Quais as vantagens do tecnólogo?

Justamente por ter um foco diferente de uma graduação tradicional, um curso superior tecnólogo apresenta benefícios próprios que podem torná-lo mais atrativo para os estudantes.

A primeira vantagem é o menor tempo de duração, que faz com que o aluno obtenha o diploma de nível superior mais rápido. Isso pode ajudar os estudantes a conseguir melhores condições de emprego de forma acelerada, além de remunerações maiores.

Outra vantagem é que, por serem pensados para o mercado de trabalho, optar por um curso tecnólogo é uma maneira de garantir a empregabilidade. Pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz em 2019 indicou que 90% dos tecnólogos do Brasil estavam empregados.

Os cursos tecnólogos também tendem a ser mais econômicos, tanto para a instituição que os oferece, quanto para os estudantes. Isso porque, no caso dos cursos presenciais, a curta duração faz com que os gastos de deslocamento sejam significativamente menores.

Na modalidade de ensino a distância, esses cursos também ganham destaque por serem mais fáceis de conciliar com a rotina de trabalho. Assim, podem ser mais buscados por pessoas que precisam estudar e trabalhar, o que significa que o perfil dos alunos pode se assemelhar ao perfil do aluno EaD.

Quem fez tecnólogo pode fazer pós-graduação?

De maneira geral, a resposta é simples: sim.

Embora essa seja uma dúvida bastante comum, é importante ressaltar que os cursos tecnólogos são igualmente válidos aos cursos de graduação tradicional. Ou seja: os alunos formados no ensino superior tecnólogo podem fazer pós, prestar concursos para vagas de ensino superior etc.

Essa informação já foi oficializada pelo MEC. De acordo com o coordenador de regulação da educação profissional, Marcelo Feres, “Não há restrição legal quanto ao tecnólogo fazer pós-graduação”.

Qual é a diferença entre tecnólogo e técnico?

A dúvida costuma aparecer porque o curso tecnólogo faz lembrar, no nome, os cursos técnicos. No entanto, a semelhança termina aí. Afinal, os cursos técnicos são direcionados a pessoas de nível médio, funcionando como uma etapa entre a escola e o ensino superior.

Os cursos técnicos podem acontecer de forma integrada — ou seja, junto ao Ensino Médio —, ou de maneira subsequente, conhecido normalmente como “técnico profissionalizante”. No entanto, os formados em um curso técnico não podem prestar concursos para o nível superior, nem ingressar em uma pós graduação.

Ainda assim, os cursos técnicos também são voltados para o mercado de trabalho. Uma diferença fundamental, no entanto, é que as remunerações das profissões “técnicas” tende a ser mais baixa, e o profissional não costuma executar todas as funções de um cargo voltado para pessoas com ensino superior.

Quais são os tipos de pós-graduação?

Para quem já tem um curso tecnólogo ou deseja cursar um, vale a pena entender também quais são os tipos de pós-graduação disponíveis no mercado. Uma vez que o diploma de tecnólogo não é um impeditivo para a especialização, os estudantes dessa modalidade podem buscar formas de se aprimorar em suas áreas.

De modo geral, existem, no Brasil, dois tipos de pós-graduação: as lato sensu e as stricto sensu. Ambos devem seguir a legislação sobre pós-graduação no Brasil. Abaixo, explicamos melhor como cada uma delas funciona. Confira!

Pós-graduação lato sensu

As pós-graduações lato sensu são mais conhecidas como MBA ou especialização. Embora haja diferenças particulares entre cada um desses modelos, são características comuns desse tipo de pós:

  • O curto tempo de duração (no máximo 2 anos);
  • O foco no mercado de trabalho;
  • A possibilidade de educação continuada.

Essas formações são mais procuradas por estudantes que desejam se especializar em uma área de suas carreiras, aumentando seu reconhecimento profissional e seu destaque no mercado de trabalho.

Pós-graduação stricto sensu

A pós-graduação stricto sensu é dividida em duas fases: o Mestrado, com duração de 2 anos, e o Doutorado, com duração de 4 anos. Algumas características dessa formação são:

  • Tempo de duração mais longo (de 2 a 4 anos);
  • Foco em pesquisa e na construção de conhecimento acadêmico.

Esse tipo de especialização é mais procurado por quem deseja atuar no setor acadêmico da sua área de formação, ou por formados que pretendem se tornar especialistas em um assunto específico.

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