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Carreira em Pauta

Quais os sintomas da síndrome de burnout e como se recuperar do distúrbio?

mulher com expressão de cansada para ilustrar texto sobre sintomas da síndrome de burnout

Você sabe quais são os sintomas da síndrome de burnout? Também chamada de “síndrome do esgotamento profissional”, a doença tem aparecido cada vez mais nas discussões sobre a saúde e bem-estar no ambiente de trabalho. Ela é caracterizada pela exaustão levada ao extremo, sempre ligada ao trabalho do indivíduo, e sua incidência aumentou consideravelmente nos últimos anos.

De acordo com uma pesquisa da Harris, encomendada pela Microsoft no fim de 2020 e publicada pelo jornal O Globo, 44% dos brasileiros entrevistados reportaram sentir uma maior exaustão no trabalho. Além disso, o Google revelou que as buscas pelo termo aumentaram 60% em 2021, mostrando que os sinais de burnout precisam ser tratados com seriedade pelas organizações e também por seus colaboradores.

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A gravidade da questão também é demonstrada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Desde janeiro de 2022, a síndrome passou a ser considerada uma doença ocupacional, ou seja, uma doença do trabalho. Isso significa que os profissionais diagnosticados agora têm direito a afastamentos, estabilidade e até mesmo aposentadoria por invalidez.

O que é burnout?

Segundo dados oficiais do Ministério da Saúde, a síndrome de burnout é considerada um distúrbio emocional, que é desenvolvido após situações ocupacionais desgastantes, ou pelo excesso de trabalho, e leva ao esgotamento físico e mental.

A doença é mais comum em profissões que lidam com a pressão constante e, por isso, profissionais da saúde, jornalistas, publicitários, professores e policiais costumam ser os mais atingidos. Contudo, qualquer profissional está suscetível a desenvolver a síndrome, tendo em vista que situações de estresse extremo podem surgir em qualquer ambiente de trabalho.

Quais são os sintomas da síndrome de burnout?

Apenas profissionais da saúde podem diagnosticar a síndrome, contudo, podemos nos atentar aos sintomas e procurar suporte especializado no caso de alguma suspeita. A manifestação típica da doença, conforme explicado pelo site Drauzio Varella, é sentir um grande esgotamento, que pode ser refletido em muitas outras ocorrências mentais e físicas.

Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas costumam surgir de forma leve, o que condiciona muitos pacientes a acreditar que pode ser algo pequeno e passageiro. Porém, o quadro típico da doença leva a uma piora de tais manifestações ao longo do tempo

Por isso, é importante buscar suporte capacitado para investigar o caso, que pode ser burnout, outras condições médicas ou algo passageiro, de fato.

Os principais sinais de burnout podem ser, de acordo com informações do Ministério da Saúde:

Sintomas físicos

  • Cansaço extremo
  • Insônia
  • Mudanças no apetite
  • Problemas de concentração
  • Dores de cabeça
  • Fadiga
  • Pressão alta
  • Dores musculares
  • Problemas gastrointestinais
  • Alterações nos batimentos cardíacos

Sintomas emocionais

  • Exaustão mental
  • Isolamento
  • Alterações de humor repentinas
  • Sentimentos de insegurança e fracasso
  • Negatividade
  • Sentimentos de incompetência, desesperança e derrota

Além disso, ainda é possível apresentar outros sintomas, como lapsos de memória, irritabilidade, agressividade, crises de asma, baixa autoestima, ansiedade e depressão.

Como diagnosticar a doença? 

Para diagnosticar o burnout, psicólogos e psiquiatras fazem uma análise clínica do indivíduo, avaliando seu histórico de saúde, a trajetória do paciente e também sua situação no ambiente do trabalho.

Os profissionais também podem utilizar questionários baseados na Escala Likert para auxiliar na avaliação das suspeitas. Contudo, lembramos que apenas psicólogos e psiquiatras capacitados podem usar esses recursos para compor o processo de diagnóstico.

Por isso, se identificar os sintomas listados acima e desconfiar de burnout, a recomendação é buscar um profissional especializado, que vai investigar o problema e será capaz de diagnosticar a doença ou descartar essa possibilidade. Assim, o próximo passo será iniciar um tratamento para controlar a síndrome.

Síndrome de burnout tem cura? Como se recuperar?

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o principal tratamento para o burnout é a psicoterapia, acompanhada por profissionais formados em psicologia. Todavia, o acompanhamento psicológico deve andar lado a lado com outras intervenções, como o uso de medicamentos, que caso necessário podem ser prescritos por um psiquiatra, e mudanças na rotina do paciente.

Leia também: Como equilibrar vida pessoal e profissional? 5 dicas para colocar em prática

As recomendações devem ser individualizadas, mas elas costumam incluir a prática regular de atividades físicas, que podem auxiliar no controle do estresse e ansiedade, e também o aumento de momentos de lazer.

Além disso, modificações no ambiente de trabalho são essenciais para a recuperação dos pacientes, tendo em vista que ele é o principal causador da doença.

Como se curar definitivamente?

Muito se discute se a síndrome de burnout tem cura, contudo, não há uma resposta simples para essa questão. Por mais que os tratamentos sejam eficazes e capazes de devolver qualidade de vida aos pacientes, é mais recomendado falar em controle da doença do que na cura definitiva da síndrome.

Isso porque distúrbios mentais podem ser reativados, e pessoas diagnosticadas com burnout podem voltar a ter sintomas ativos da síndrome, mesmo após um período de recuperação com medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida.

Como evitar a doença?

Não existe uma fórmula simples capaz de evitar o burnout, porém, é possível adotar uma série de medidas para diminuir as chances de ser acometido pela doença. Como estamos falando de uma síndrome ocupacional, que é causada pela exaustão ligada ao trabalho, as organizações precisam ser as primeiras a agir.

Responsabilidade das organizações

Sem mudanças no ambiente de trabalho, colaboradores previamente diagnosticados com burnout podem voltar a apresentar sintomas, assim como outros profissionais também têm chances aumentadas de desenvolver a doença. Assim enxergamos que os atuais debates sobre bem-estar e saúde mental dos colaboradores são essenciais, e as empresas ainda têm um longo caminho a percorrer.

É preciso avaliar as condições de trabalho das equipes, dinâmicas com potencial para gerar estresse e se há profissionais sobrecarregados, entre outros sinais de burnout. Mas além de identificar os problemas, o principal é encontrar soluções e aplicá-las o mais rápido possível, dentro das características e possibilidades de cada companhia.

Mudanças no dia a dia

Além disso, algumas ações no campo individual também podem contribuir para um estilo de vida mais equilibrado e saudável. Segundo o Ministério da Saúde, é preciso balancear a vida profissional e a vida pessoal, com estratégias capazes de diminuir o stress.

Alguns exemplos são o descanso adequado, fazer atividades físicas regulares, ter momentos de lazer, separar alguns períodos da semana para fugir da rotina e contar com pessoas de confiança para conversar e desabafar.

Ademais, você também pode encontrar soluções optando por atividades moldáveis à sua rotina, de forma que você consiga se desenvolver profissionalmente sem comprometer a saúde física, mental, a vida pessoal e também o trabalho. Você pode se inscrever em cursos livres gravados, fazer aulas de idiomas online e também investir em uma pós-graduação rápida e a distância.

Mas lembre-se que, aos primeiros sintomas da síndrome de burnout, não hesite em procurar ajuda especializada. Quanto mais rápido receber o diagnóstico e iniciar o tratamento, melhor para a sua saúde.

Autor: Equipe Blog Portal Pós

O blog do Portal Pós traz conteúdos sobre carreira, mercado de trabalho, tendências e inovação. Aqui você também encontra textos sobre crescimento pessoal, curiosidades e tudo que envolve o mundo da pós-graduação.

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