6 exemplos de vícios de linguagem e por que você deve evitá-los

mulher com a mão na frente da boca para ilustrar texto sobre exemplos de vícios de linguagem

Cometer alguns desvios da norma padrão da língua portuguesa é bem comum, afinal, ela tem uma das gramáticas mais complexas entre todos os idiomas. Por isso, é importante conhecer alguns exemplos de vícios de linguagem e, dessa forma, passar a evitá-los.

Os vícios de linguagem são um problema de fala ou de escrita que pode atrapalhar a sua comunicação, especialmente em ambientes profissionais e acadêmicos.

Quer saber quais são esses erros que podem passar despercebidos? Confira a seguir!

O que são vícios de linguagem?

Os vícios de linguagem são definidos como um desvio da norma padrão da gramática normativa e, geralmente, são cometidos quando falta atenção ou conhecimento em relação à norma culta.

Eles podem estar relacionados à semântica (significado das palavras), à sintaxe (a disposição e a relação lógica das palavras dentro de um período) ou à fonética (a forma como o som das palavras é reproduzido).

É fundamental ficar atento aos vícios de linguagem, que podem atrapalhar a sua comunicação e o seu desempenho em entrevistas, processos seletivos e situações profissionais como reuniões e apresentações.

Já na vida acadêmica, um deslize como o vício de linguagem pode prejudicar a sua nota em redações, dissertações, monografias e TCCs.

Dito isso, é hora de conhecer os principais exemplos de vícios de linguagem.

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Conheça 6 exemplos de vícios de linguagem

Você já viu como esses desvios podem atrapalhar o seu desempenho em diversas situações e prejudicar sua imagem no trabalho ou na universidade, certo?

Por isso, vale a pena conferir os seis exemplos de vícios de linguagem que listamos a seguir para te ajudar.

1 – Pleonasmo vicioso ou redundância

Esse é um deslize comum e que provavelmente já foi cometido pela maioria das pessoas.

O pleonasmo vicioso ou redundância é a repetição desnecessária de uma informação. Ele acontece quando nós acrescentamos termos ou palavras desnecessárias para a compreensão da ideia, seja na fala, seja na escrita.

Confira alguns dos exemplos de pleonasmo mais comuns:

  • Voltar atrás
  • Surpresa inesperada
  • Subir para cima
  • Descer para baixo
  • Fato verídico
  • Há anos atrás
  • Ganhar grátis
  • Certeza absoluta
  • Amanhecer o dia
  • Opinião pessoal

Você se lembra de já ter cometido algum desses erros? Vale a pena ficar atento! Eles podem acontecer com muita facilidade.

2 – Barbarismo

A palavra “barbarismo” está relacionada aos bárbaros, ou seja, aqueles que não obedecem às regras.

Por esse motivo, o barbarismo é um vício de linguagem caracterizado pelo desvio à norma, ou seja, o uso inadequado das palavras da língua portuguesa.

Ele pode acontecer quando há um erro na pronúncia, ortografia, no significado das palavras ou na invenção delas.

Entenda melhor a seguir.

Barbarismo ortográfico: é o erro de grafia de uma palavra.

Exemplo: escrever rúbrica quando o correto é rubrica.

Barbarismo ortoépico: erro relacionado à pronúncia de uma palavra.

Exemplo: dizer peneu ao invés de pneu.

Barbarismo gramatical: erro relacionado à troca das palavras.

Exemplo: escrever ou dizer “ela está meia desanimada” quando o correto é “ela está meio desanimada”.

Barbarismo morfológico: quando existe um erro em relação à forma das palavras.

Exemplo: escrever ou dizer cidadões ao invés de cidadãos.

Aqui, a dica é escolher um sinônimo se ficar em dúvida como se escreve ou diz uma palavra. 

3 – Solecismo

Esse é um erro relacionado à sintaxe das palavras ao construir uma frase. Ele pode estar relacionado à concordância, má estruturação, regência ou colocação.

Entenda melhor:

Solecismo de concordância: “Meus filho são muito espertos” quando o correto é “Meus filhos são muito espertos”.

Solecismo de regência: “Assisti a peça” quando o correto é “Assisti à peça”.

Solecismo de colocação: “Ele não me contou isso” quando o correto é “Ele não contou-me isso”. 

4 – Estrangeirismo

Com a internet e a tecnologia é cada vez mais comum que palavras de outros idiomas passem a ser introduzidas na língua portuguesa. Por isso, o estrangeirismo é um exemplo de vícios de linguagem mais fáceis de acontecer.

Confira alguns deles:

  • Hot dog (cachorro-quente)
  • Show (espetáculo)
  • Bacon (toucinho)
  • Drink (bebida)
  • Delivery (entrega)
  • Stress (estresse)

Aqui, a dica é sempre procurar uma palavra correspondente na língua portuguesa, principalmente em redações e textos do Enem, vestibular ou acadêmicos.

5 – Ambiguidade

A ambiguidade também é um dos vícios de linguagem mais comuns e acontece quando uma frase tem duplo sentido.

Exemplo: Paula foi atrás do ônibus correndo.

Nesse caso, existe dúvida sobre o sentido da frase: afinal, quem estava correndo era Paula ou o ônibus?

Para não ter ambiguidade poderíamos reescrever a frase da seguinte forma:

Paula, correndo, foi atrás do ônibus.

Uma boa dica para evitar a ambiguidade é utilizar corretamente as vírgulas, inverter a ordem da construção da frase e deixar o texto mais claro e direto possível.

6 – Cacofonia

A cacofonia também é um vício de linguagem comum e acontece quando as palavras e sílabas se unem formando sons ou expressões desagradáveis e com duplo sentido.

Muitas vezes, esse desvio pode nos colocar em situações constrangedoras, o que é um grande motivo para evitá-lo.

Confira alguns exemplos:

  • Pagamos por cada prejuízo (porcada)
  • Ontem eu vi ela (viela)
  • Machucou a boca dela (cadela)
  • Uma mão lava outra (mamão)
  • Perguntei se ela tinha compromisso (latinha)
  • Eu realmente amo ela (moela)

Vale a pena memorizar esses cacófatos mais comuns e ficar atento na hora de formular uma frase. 

Agora, você já conhece os exemplos de vícios de linguagem mais comuns. Para evitá-los é importante sempre estudar a gramática, revisar o seu texto com atenção, aprender a utilizar sinônimos além de cultivar o hábito da leitura e da escrita. Dessa forma, você contribuirá para um bom desempenho no trabalho e na vida acadêmica.

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