Por mais moderno e tecnológico que o mundo de hoje seja, há um elemento presente em qualquer relação social, para qualquer pessoa, que não se torna ultrapassado. Ao contrário. Esse elemento é a ética. No âmbito profissional, inclusive, questões éticas costumam ser colocadas em diversos tipos de situação – e os indivíduos afetados por elas precisam estar aptos a reconhecer esses momentos e, então, agir diante deles.
Antes de mais nada, porém, é preciso compreender o que é ética. Ao buscar o significado dessa palavra no dicionário, descobre-se que ela tem sua raiz na filosofia. De acordo com a denominação mais comum, ética seria a responsável pela “investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano”. Essa explicação continua ao dizer que ser ético exige refletir sobre normas, valores, prescrições e dinâmicas que existem nas relações sociais diárias.
Em qualquer carreira profissional, questões éticas irão se impor. Quer um exemplo concreto? Corra para a série “Better Call Saul”, atualmente em sua sexta temporada e disponível no streaming da Netflix. Nela, conhecemos a trajetória do advogado Jimmy McGill até se tornar Saul Goodman, que dá nome à produção. Jimmy é carismático, inteligente e parece estar sempre buscando o bem. No entanto, seus métodos profissionais para fazer isso são altamente questionáveis. Como advogado, ele vai trilhando um caminho pouco ético ao executar sua profissão, como forjar provas que não existiam, adulterar documentos e usar de métodos nada ortodoxos como contratar capangas para extrair, de uma maneira ou de outra, a informação que precisa para vencer um de seus casos.
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A batalha em torno do tema ética profissional fica ainda mais clara porque o antagonista de Jimmy é seu irmão Chuck McGill. Ele se apresenta como o grande guardião das boas práticas do Direito e coloca o irmão mais novo contra a parede por causa de suas ações. Quem conferir a série poderá ver como Jimmy McGill se debate entre seguir as regras e a ética como advogado, ou ceder a sua natural tendência para dar “um jeitinho” em tudo. A história mostra, o tempo todo, como cada atitude questionável do advogado acaba gerando uma nova questão, como se ele fosse testado até descobrir quanto sua ética é “flexível”. E, uma vez que se começa a quebrar essa corrente de valores, que tipo de profissional uma pessoa se torna?
Para se aprofundar mais no assunto, vale também conferir o que dizem esses dois nomes: Mario Sergio Cortella e Leandro Karnal. O primeiro é um filósofo nascido em Londrina, no Paraná, autor de vários livros, em especial “Ética e Vergonha na Cara”, de 2014. Escrito em parceria com Clóvis de Barros Filho, jornalista e professor de Ética, a obra debate como questões do dia a dia que podem parecer bobas – como jogar papel no chão ao invés de colocá-lo no lixo, por exemplo – têm a ver com corrupção em empresas ou governos. Nas palavras do próprio Cortella: “A ética é o conjunto de princípios de convivência, portanto, não existe ética individual. Existe ética de um grupo, de uma sociedade, de uma nação”.
Já no canal “Prazer Karnal”, no YouTube, o historiador gaúcho Leandro Karnal realiza entrevistas e debates com convidados que quase sempre trazem questões éticas diluídas em meio às conversas. Também é possível encontrar palestras realizadas por Karnal sobre o tema ética no trabalho na plataforma. Em seu próprio canal, porém, essa abordagem se dilui em assuntos diversos como meritocracia, mudança de rumos na carreira ou a busca pela felicidade. “Viver sem ética dá muito mais trabalho”, já falou ele. Impossível não concordar, certo?
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