Quer empreender? 3 dicas de Cristina Junqueira, CEO do Nubank no Brasil

Sempre de olho no futuro, o Nubank ganhou vida em 2013, quando poucas pessoas sabiam o que significava o termo fintech e, principalmente, dentro de uma realidade em que as pessoas ainda estavam atreladas à ideia de instituições tradicionais e conservadores. Trazer para o público um banco sem taxas, agência física ou qualquer coisa que dava a ideia de segurança na conta foi uma grande inovação que precisou de tempo para ser amadurecida. Hoje, Cristina Junqueira, CEO do Nubank no Brasil, enxerga todos os desafios que a empresa enfrentou como aprendizados para o crescimento da empresa.

Em 2018, o Nubank começou a ganhar maior visibilidade após o sistema de Big Data ser reconhecido e os dados se mostrarem cada vez mais importantes, já que a área de Tecnologia da Informação da empresa é a chave para o negócio. Com a explosão dos números dos bitcoins e o mercado cada vez mais interessado em blockchains, foi a vez do Nubank mostrar como o seu sistema totalmente automatizado era, na verdade, tão bom quanto ou até melhor do que o dos bancos convencionais.

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A partir daí, os números só cresceram: hoje, são mais de 40 milhões de clientes espalhados em mais de cinco mil municípios brasileiros. Além disso, a empresa está visando cada vez mais a expansão, já que aumentou a emissão de novos cartões de crédito no México, despertou interesse em 300 mil colombianos e está projetando novos escritórios na Argentina, Alemanha e Estados Unidos. Em 2021, a empresa também foi eleita uma das empresas mais influentes do mundo pela TIME e uma das empresas mais inovadoras do mundo pela CNBC.

Dicas de sucesso com a CEO do Nubank

Cristina Junqueira, em uma coluna no site da Exame, forneceu algumas dicas valiosas de empreendedorismo. Confira!

1 – Pensamento de equipe alinhado

“O primeiro aspecto é garantir que todos estejam alinhados na mesma direção”, diz Junqueira. É importante que o caminho seja traçado por um grupo de pessoas que tenham ideias similares e o imprescindível: que tenham planos a longo prazo de chegar no mesmo lugar. “Eu, o David Vélez (fundador e CEO do Nubank) e o Edward Wible (cofundador e CTO da empresa) éramos muito inconformados com o fato de que no Brasil se paga as maiores tarifas e juros do mundo, e mesmo assim a experiência para o cliente é uma das piores do mundo. Nós três também tínhamos certeza de que poderíamos fazer algo melhor usando tecnologia, design e repensando toda a experiência do cliente”, diz.

2-  Diferentes não, complementares!

De acordo com Cristina, pessoas que pensam da mesma forma e sempre têm as mesmas soluções para os problemas não tendem a ir muito longe. Uma das principais características do grupo que fez com que o Nubank deslanchasse foi a pluralidade da equipe de sócios. “No nosso caso, nós éramos bem diferentes, portanto, muito complementares. O David Vélez tinha experiência no mundo dos investimentos”, destaca.

“Além de muita vontade de empreender, ele sabia quais teses faziam sentido e tinha muitas conexões nesse meio. Já o Edward Wible é formado em ciências da computação e já tinha construído um produto. A gente sabia que ele conseguiria trazer o ponto de vista de tecnologia. E eu vinha justamente do setor financeiro, conhecia bem como funciona o negócio dentro dos grandes bancos, o que fazer e o que não fazer”, completa.

3 – Empreender envolve sacrifício de todos os lados

Cristina afirma que abrir um negócio não é algo que se faz de um dia para a noite e que é necessário ter ao seu lado pessoas que realmente entendam que terão que fazer sacrifícios no meio do caminho – e está tudo bem. Para a CEO, o ritmo de trabalho entre a equipe ser o mesmo é imprescindível para que o negócio sempre cresça.

“É importante que todo mundo esteja na mesma ‘vibe’. Empreender é muito difícil. Se todos não estiverem na mesma página, não estiverem dispostos a fazer o sacrifício necessário, se tiver um ali querendo colocar o pé para cima sem botar a mão na massa, então não vai dar certo’, explica.

Para finalizar, Cristina dá uma dica a mais: sempre veja onde está a dor, o problema das pessoas, para trazer uma inovação que vá melhorar a vida dos clientes como um todo, desde a qualidade de vida até o histórico financeiro. Fazer com que os seus clientes sintam que a sua empresa oferece um serviço único porque também compartilham dessa dor já é o primeiro passo na direção certa. 

“O grande lance do que a gente fez no Nubank foi justamente olhar de uma maneira diferente para um problema que trazia muito sofrimento para as pessoas”, pontua a CEO do Nubank no Brasil. E você também tem vontade de empreender? Confira dicas que vão ajudar a dar os primeiros passos para começar o seu próprio negócio

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