Estamos a todo momento tentando descobrir novas maneiras de sermos pessoas melhores. E também, realizar trabalhos mais efetivos, colaborar mais dentre outros aspectos. No entanto, engana-se quem acredita que ter mais produtividade está atrelado a mais tempo gasto no trabalho. A saída é trabalhar de forma inteligente, mas você sabe como colocar isso em prática?
Segundo uma matéria publicada pelo New York Times, existem três princípios básicos para quem deseja encontrar o seu próprio ritmo e, assim, desenvolver rotinas mais saudáveis e que despertem satisfação pessoal. Conheça:
1 – Acredite no seu próprio desenvolvimento
A mudança que você deseja não acontecerá do dia para noite. São pequenas e graduais transformações que, aplicadas à sua rotina, podem gerar impactos importantes. Comece adicionando uma nova tarefa e, ao decorrer do processo, trace estratégias maiores que funcionem para você.
2 – Seja responsável
Crie uma rotina semanal com objetivos e divida com um colega de trabalho ou com o seu time. A obrigatoriedade de corresponder a promessas pode forçar as tarefas a serem feitas no prazo.
3 – Aceite suas limitações
Você é um ser humano. Aceitar que às vezes as falhas acontecem, que as distrações surgem ou que um mau dia está em curso é normal. O mais importante é seguir em frente sabendo que erros poderão ser revistos. E que, isso não quer dizer que você não seja produtivo.
O que há de errado com o perfil multitasker que nos vendem?
No atual cenário, muitas empresas ainda trabalham visando apenas os lucros. Alguém que, passa a ideia de fazer tudo ao mesmo tempo pode parecer, inicialmente, o funcionário dos sonhos. Mas, não é por aí.
Muitos acreditam que, fazer uma ligação enquanto se preenche uma planilha, bebendo café em uma reunião… é a meta. Mas, na verdade, a mente humana é biologicamente incapaz de responder a tantas tarefas simultâneas, com perfeição.
Todos nós temos limitações cognitivas, logo um multitasker de qualidade pode executar várias tarefas no dia, mas uma por vez e com muito foco. Não importa se cada uma delas demorar alguns poucos minutos ou uma hora. Apenas com plena entrega as ações de rotina poderão ser absorvidas de alguma maneira.
De acordo com o neurocientista Earl K. Miller, professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos EUA, o cérebro humano tende ao erro quando está sobrecarregado. “Quando se alterna entre várias tarefas, as redes neurais do cérebro fazem um exercício de ir e voltar constante para descobrir onde a informação foi interrompida e de onde deve retornar para reconfigurar a ação. Isso faz com que a velocidade de raciocínio seja diminuída, o que torna os erros mais prováveis”, falou ao NYT.
A calma é amiga da criatividade
Miller também afirma que uma pessoa monotask (aquela que prioriza uma atividade por vez), tende a desenvolver melhor a criatividade. “As mentes mais inventivas permitem que o cérebro siga uma lógica clara de pensamentos associados e, desta maneira, focam em uma única execução por um período mais extenso. O cérebro é como um músculo, que fica mais forte com o uso constante”, completou.
Distrações são intrínsecas a nós
A tendência à distração é primitiva, logo não precisa se sentir culpado. Conforme os estudos do professor Miller, nos primeiros anos da existência humana, os sentidos precisavam responder instantaneamente a predadores, como leões, por exemplo.
Nosso cérebro ainda não abandonou esse mecanismo ancestral de sobrevivência. E isso significa que quanto mais focarmos em uma tarefa de cada vez e ignorando as distrações, mais exercitamos o córtex pré-frontal – a parte mais evoluída do cérebro humano. Com isso, fica cada vez mais fácil se concentrar e, consequentemente, ser um agente mais produtivo e feliz.
Está pensando em aumentar também sua produtividade acadêmica? Confira nossas opções em pós-graduação e MBA