A arquitetura vai muito além do material em si. Ela transcende o concreto e atravessa gerações, ajudando-nos a conhecer e contar histórias dos períodos de guerra e paz, de conquistas e também da evolução técnica das obras.
Isso tudo se deve, obviamente, às grandes mentes dos profissionais da área. Seres humanos dotados de uma sensibilidade incomum, que desenvolveram a habilidade de pensar na disposição das construções e como elas se sujeitariam à ação do tempo, luz ou como casariam com as cores.
Apesar de ser um país ainda muito jovem, o Brasil consegue narrar bem sua trajetória a partir da arquitetura. Atravessamos os períodos luso e colonial com suas construções rebuscadas e ricas em detalhes, passamos pelo moderno e chegamos ao contemporâneo. Profissionais consagrados do ramo dizem que o país se saiu muito bem nessa linha do tempo e conseguiu aliar passado e presente em uma estrutura arquitetônica harmônica e rica em projetos bem executados.
Quem seriam, então, os responsáveis pelo desenhos desses acontecimentos no nosso momento atual? A resposta é difícil. Os arquitetos brasileiros estão entre os mais importantes do mundo, tendo executado, inclusive, projetos internacionais, como é o caso do incrível
Oscar Niemeyer
O arquiteto carioca desenhou obras icônicas, como o prédio da ONU em Nova Iorque (feito em parceria com Le Corbusier e Wallace K. Harrison), o complexo francês Le Volcan, o Auditório italiano de Ravello, entre muito outras.
Sem dúvida Niemeyer é uma referência para muitas gerações de arquitetos que se inspiram em seus traços do movimento modernista. Por aqui, ele assinou não só prédios ou esculturas, mas uma cidade inteira. A partir de suas aspirações e do convite do então presidente Juscelino Kubitschek, nasceu Brasília, uma cidade projetada para aliar beleza e fluidez às suas linhas simples.
Niemeyer teve uma vida longa e produtiva. Nos deixou em 2012, aos seus 104 anos e mais de 600 projetos executados.
Lina Bo Bardi
Meio italiana, meio brasileira, completamente genial. A intelectual começou em uma época difícil para as mulheres que queriam liderar. Mas, ao resistir bravamente ao machismo na profissão, ela conseguiu desenvolver trabalhos muito cultuados, que sempre prezavam pela beleza.
A arquiteta enxergava também em seu trabalho a possibilidade de transformação social. Queria desenhar composições que se integrassem às pessoas, que dessem espaço para a circulação e interação social. O melhor exemplo disso é o MASP, talvez a sua criação mais famosa. O vão do Museu de Arte de São Paulo permite a circulação e é um convite para que os transeuntes se unam aos seus traços.
A nova leva
Expoente de uma nova geração, Leila Dionizios é um dos grandes nomes atuais. Como manda o figurino, Leila está por dentro das demandas do momento e prefere pensar em projetos que, além de funcionais, sejam amigáveis com o meio ambiente. Leila também gosta de exagerar na iluminação, dando preferência para ambientes com influência de luz natural. Com inúmeros projetos residenciais, a arquiteta marca presença em mostras importantes como a Mostra Artefacto e a Casa Cor (eventos do ramo que têm 27 e 32 anos de tradição, respectivamente).
Centenas de outros arquitetos e designers também já participaram, aumentando assim a variedade de identidades e propostas das exposições a cada edição.
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