Autocobrança: como você pode estar se sabotando?

Existem ambientes corporativos que são extremamente competitivos – o que causa muito estresse e cobranças por metas. Para acompanhar essa realidade, é preciso estar em dia com as atualizações tecnológicas, de mercado e da sua área de atuação, o que se torna um desafio enorme e uma necessidade de aperfeiçoamento constante, com horas de dedicação ao seu trabalho e muito investimento pessoal. 

Com tudo isso, acaba se tornando comum que, além das cobranças externas, haja também uma autocobrança. O que pouca gente sabe, porém, é que essa é uma atitude bastante prejudicial para a carreira e que, com ela, você pode estar se sabotando. Quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura!

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Por que a autocobrança acontece?

A constante busca pessoal por performances melhores e por mais resultados faz com que os profissionais cobrem cada vez mais de si mesmos por um melhor desempenho. Mas quando essa autocobrança se torna excessiva, acaba sendo um tiro no pé, com resultados opostos a tudo aquilo que se espera. 

Isso porque o profissional acaba se tornando insatisfeito, cansado e desmotivado com o próprio trabalho. Afinal, a cobrança sobre si mesmo e sobre a própria atuação na empresa é uma exigência para fazer sempre mais, melhor e em menos tempo. 

Sim, se cobrar é uma atitude natural do ser humano, mas exige um equilíbrio para que não se torne uma forma de pressão interna que impede de visualizar o quão dedicado esse profissional realmente é  e os verdadeiros resultados de um projeto. 

A sensação de que nada está bom o bastante, não importa o quanto se esforce para conseguir realizar aquilo, pode trazer um custo emocional muito grande, sendo prejudicial para a rotina de trabalho e na vida pessoal. 

Quando se torna autossabotagem?

Abaixo, nós explicamos como a autocobrança pode virar autossabotagem com base em seis atitudes. Confira: 

1 – Acreditar que não fez o bastante

Apesar da inteligência, experiência e dedicação, algumas pessoas têm a percepção distorcida sobre si mesmas e o trabalho que fazem. Por conta disso, acreditam que, de alguma forma, deveriam ter feito mais e que sempre há uma tarefa pendente a ser concluída. Esse sentimento acaba gerando exaustão e frustração.

2 – Ter dúvidas da própria capacidade

Acreditar que todos possuem mais potencial, ou seja, que os demais colegas de trabalho são melhores ou mais experientes, é um exemplo claro de autossabotagem. É preciso lembrar sempre sobre a própria dedicação e esforço em prol das realizações profissionais para lidar com esse sentimento negativo. 

3 – Sentir culpa quando comete erros

Pessoas que são muito perfeccionistas costumam ter dificuldade em lidar com situações que não saíram de acordo com a expectativa. Então, vem o sentimento de culpa por algo não ter ocorrido como esperado ou não ter ido bem em determinada situação. Nesse caso, existe também um sentimento de falha, que é remoído constantemente. 

4 – Sofrer ao receber críticas

As críticas construtivas, como o próprio termo sugere, devem ser ouvidas e aplicadas de uma maneira prática para melhorar o próprio desempenho. Porém, quando elas não são bem recebidas significa que algo está errado. Isso geralmente acontece com pessoas que são extremamente exigentes consigo mesmas, já que a crítica, nesse caso, é vista não como algo que pode ser trabalhado ou melhorado, mas como uma falha. 

5 – Sempre tentar agradar a todos

A autocobrança também se reflete em tentar fazer de tudo para agradar as pessoas ao redor. Essa é uma atitude que costuma estar conectada com uma necessidade constante de aprovação, seja da família, dos amigos ou dos colaboradores no espaço de trabalho. 

6 – Se sentir culpado por descansar

Tirar um tempo para descansar pode parecer um desperdício com tantas atividades e obrigações. Indivíduos que se cobram demais deixam de lado esse momento para si mesmos. Porém, descansar é algo que melhora o desempenho mental e físico, e negligenciar essa atividade pode gerar uma série de prejuízos à saúde, como irritabilidade, dores no corpo, estresse e insônia.

Como lidar com a autocobrança excessiva?

O primeiro passo é refletir sobre quais dessas atitudes você se identifica e tentar compreender de onde vem esse problema. Lembre-se que não é preciso parar de se cobrar, mas, na verdade, ter um olhar carinhoso sobre si mesmo e saber reconhecer as próprias conquistas.

Dê valor aos seus esforços, desde os menores até aqueles que exigiram mais de você. Saiba quais são seus pontos fortes e as suas habilidades, foque nelas e tente não se comparar com outras pessoas.

Uma ação importante para lidar com a autocobrança é colocar sua saúde mental acima de tudo e não se sobrecarregar com atividades, pessoas ou qualquer outra coisa que exija demais de você de uma maneira negativa. 

Caso ache interessante, busque fazer uma terapia com profissionais que te ajudem a aceitar seus limites, aprender a lidar com a sua vulnerabilidade e permanecer em constante evolução sem precisar se forçar. O mais importante nesse caminho é buscar leveza e consciência para o seu dia a dia – o que acaba refletindo também no seu ambiente de trabalho e outras relações. Conheça opções de pós-graduação Unic.

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