Carreira Internacional para programadores: palavra de quem foi lá e fez

Não tem mais saída. Hoje, todos os tipos de negócios têm que existir na web para pleitear um lugar ao sol. Mas não é só estar presente, tem que ter navegabilidade e ser amigável com os diversos tipos de dispositivos. É aqui que começa o trabalho de um desenvolvedor.

Seja para criar um sistema complexo de e-commerce, um aplicativo ou até um site para fornecer informações simples, as habilidades de um profissional de TI estão sendo cada dia mais requisitadas e valorizadas.

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A alta demanda desses profissionais com as mais diferentes habilidades de programação acabou abrindo portas, inclusive, para que brasileiros busquem por oportunidades fora do país. Foi o caso do paulistano Ronaldo Lima, com quem batemos um papo. Confira:

BP: Ronaldo, conta um pouco da sua trajetória para a gente?

R: Há pouco mais de três anos eu morava no Jardim Ângela, periferia de São Paulo. Embora eu programe há aproximadamente 13 anos, foram os últimos três que revolucionaram a área. Desde 2016 programo com uma tecnologia chamada Angular e foi aí que mudei completamente meu background, saindo do PHP e Java para Node.js (JavaScript). Saí da minha zona de conforto e decidi começar tudo do zero novamente, me desafiando para aprender. Em poucos meses conheci o React (Framework desenvolvido pelo Facebook) e me apaixonei pela forma que ele funciona. Foi algo disruptivo para mim. Conheci o Meetup.com, achei um grupo de React e resolvi aplicá-lo em em projetos da empresa em que trabalhava na época. Lá tive a oportunidade de colocar coisas novas em prática e comecei a expandir meus conhecimentos e fazer network. Com o tempo, comecei a palestrar em eventos de programação e, com as minhas evoluções, eu ia contribuindo em projetos para a comunidade open source. Ajudava no que podia. A probabilidade de alguém passar pelo mesmo problema que você é sempre muito alta, então compartilhar é legal e, quando você ensina algo, acaba assimilando tudo melhor.

BP: E hoje, onde você está?

R: As melhores vagas sempre aparecem quando você é ativo na comunidade. Nos meus últimos passos no Brasil havia conquistado uma vaga como CTO, que seria o cargo máximo em que eu poderia chegar naquele momento. Porém, um amigo me convidou para uma entrevista e, mesmo com dificuldade para falar inglês, na época consegui passar em um processo internacional numa empresa chamada Hoegren. Vi que era hora de sair da zona de conforto novamente e vim para a Holanda trabalhar como desenvolvedor sênior, o que seria um pouco abaixo dos meus antigos cargos no Brasil, mas tenho um objetivo de chegar no mesmo patamar aqui.

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BP: Hoje você executa qual tipo de trabalho na Hoegren?

R: Aqui sou engenheiro mobile. Trabalho com desenvolvimento de aplicativos, programo em JavaScript (ES6/ES7) e trabalho com alguns frameworks muito legais que estão no hype agora. Vale muito darem uma olhada neles:

  • React
  • React-Native
  • GraphQL
  • Relay
  • Apollo
  • Redux
  • Node
  • Koa
  • Mongo

BP: Sente que o mercado brasileiro é muito diferente do holandês?

R: O mercado aqui na Europa em geral é muito forte e a demanda por desenvolvedores é realmente bem alta. Ainda recebo muitas propostas de head hunters no meu LinkedIn ou e-mail. Ao menos, aqui na Holanda prezam muito por sua conciliação entre vida pessoal e trabalho, a jornada aqui não é muito grande, acabamos produzindo mais em menos tempo. Outro detalhe é que os brasileiros são muito bem vistos aqui. Costumamos ser muito focados e determinados e o nosso famoso “jeitinho brasileiro”, quando usado para o bem (para resolver algum grande problema ou quebrar uma barreira de forma criativa), é apreciado também. Em geral ainda não vi um lado negativo no mercado holandês, aqui eles valorizam muito todas as profissões do ramo e, num geral, todos têm muitas oportunidades e vivem com dignidade.

BP: Tem algum conselho para programadores que estão planejando iniciar uma carreira internacional? Quais são as skills indispensáveis?
R: Primeiramente, é necessário afiar o inglês. Não apenas para carreiras internacionais, mas os melhores materiais e as documentações das linguagens estão em inglês e realmente você precisa entender, não apenas traduzir. Segundo ponto, indico criar um perfil no Github, uma plataforma de desenvolvimento para salvar/gerenciar códigos e projetos. As grandes empresas de desenvolvimento estão lá, faça desse espaço sua página inicial e sempre veja os trendings, siga programadores experientes e veja os projetos que eles curtem. Possivelmente pode ser um ótimo projeto para você também. Para quem quiser me acompanhar e trocar ideias, é só procurar o github.com/ronal2do. O LinkedIn também é um canal importante. Procure mantê-lo sempre claro e atualizado. Além de oportunidades, também é uma ótima plataforma para desenvolvedores. E, por fim, não importa a linguagem em que você programa, o mercado é bem amplo. Esteja sempre em processo de aprendizado, acompanhando novidades como Machine Learning, TensorFlow, Data Science e IoT. Esse mercado tem crescido violentamente, não tenha vergonha de falar que não sabe e nem medo de procurar aprender.

BP: Você recomenda algum curso que possa ajudar quem quer se dedicar à programação?

R: Existem muitas opções disponíveis, mas o Medium e YouTube continuam sendo ótimos hubs de aprendizagem gratuita e atualizada.

E você está pronto para avançar na carreira assim como o Ronaldo? Aqui a gente tem várias opções de pós-graduação EAD, nas mais diversas áreas, para todos que quiserem voar.

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