A importância da comunicação assertiva no desenvolvimento das relações corporativas e pessoais

Você já se deparou com a quantidade de profissionais, de variados segmentos, que buscam novos cursos e certificações para se tornar um gestor de pessoas, em especial no período pós-pandêmico?

Atualmente, o mercado digital nos oferece infinitos tipos de cursos, o que não deixa de ser muito positivo. Por isso, é importante saber selecioná-los, segundo os nossos objetivos e uma avaliação bem minuciosa do currículo e vivências/experiências de quem os oferece.

Mas a grande questão é: será que todas as pessoas já nascem gestores ou possuem habilidades que possam ser desenvolvidas, treinadas para que se torne um líder de pessoas. O que é preciso?

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Talvez não tenhamos uma resposta exata, mas, o que se sabe, é que existe um conjunto de habilidades socioemocionais que, de forma grandiosa, somam para a convivência e relacionamento com outras pessoas. 

Segundo o último Fórum Econômico Mundial da ONU – Organização das Nações Unidas, profissionais com estas competências têm ganhado destaque na condução de suas equipes, em especial nos momentos de gestão de crises organizacionais e interpessoais.

Dentre as 14 habilidades mais buscadas pelo mercado nesses profissionais, estão: Criatividade, Comunicação, Colaboração, Flexibilidade e Adaptabilidade, Iniciativa e Autonomia, Habilidades Sociais e Interculturais, Produtividade, Responsabilidade, Empatia, Escuta ativa e Comunicação Assertiva.

Sendo gestora de equipe por longos anos, percebi o quanto, de forma exponencial, as pessoas cresciam internamente e, consequentemente, geravam ainda mais recursos financeiros para as corporações quando, de forma amigável (mas não menos profissional), a Empatia e a Escuta Ativa entravam em cena.

No meu caso, essas habilidades vieram de forma inata, pois sempre gostei de escutar as questões que geravam problemas pessoais e impactavam a corporação. Lembram da gestão de crises? Era automático acionar o processo de comunicação, análise e interpretação do que realmente estava sendo dito. 

Com isso, ajudava as pessoas na resolução de seus conflitos pessoais e, de quebra, tinha em mãos novos subsídios para a criação de estratégias eficazes na resolução dos problemas corporativos existentes.

Dessa forma, fui percebendo como a transmissão de informações e conhecimento de forma assertiva criavam conexões de interação entre os colaboradores, gerando um ambiente de trabalho muito mais harmonioso e produtivo. Aos poucos, esse clima organizacional saudável contagiava outros líderes, propiciando um desejo interno pela busca dessas competências socioemocionais.

Talvez, o profissional desta nova era se preocupe muito mais em passar conhecimento técnico, midiático, tecnológico, mas, certamente, precisará, cada vez mais, desenvolver algumas destas habilidades, o que não significa possuir todas, mas, sim, estar disposto a utilizar seus conhecimentos e as próprias experiências de vida em uma comunicação não agressiva, que deixa longe a imposição, que julga, aponta, desqualifica e faz avaliações premeditadas sem antes conhecer as “dores” do outro.

Sendo assim, para aqueles que querem atuar na área de gestão, sempre será necessário dar ao outro o direito de falar o que pensa, mas de maneira responsável, levando em consideração o momento e as condições do próximo. Pratique a escuta ativa, tenha respeito em primeiro lugar, atente-se às palavras que serão utilizadas, pois, dependendo do momento, gestos corporais, expressões inadequadas e tons de voz podem passar expressão de agressividade e intimidação.

Enfim, na comunicação assertiva, se faz mais que necessário saber a hora certa de falar, aquele feeling sabe?!, sendo importante também dominar o assunto discutido e ser um bom intermediador. Afinal, essa comunicação precisa ser agregadora, buscar os diferentes pontos de vista e gerar intervenções de sua parte quando uma dificuldade sobrevier.

Ser líder é uma missão confiada a alguém e, para isso, é preciso ter disposição, estando ciente da necessidade de desenvolvimento técnico e comportamental constante, deixando o legado de uma conduta comunicacional assertiva a ser seguida, perpetuada nas relações, dentro e fora da empresa.

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