Se você pensa em se especializar na área de educação e a sua vontade é de ir para a educação especial, especificamente em Deficiência Intelectual, saiba que essa é uma área que tem crescido e buscado cada vez mais por profissionais especializados. Essa é uma longa trajetória na educação inclusiva e nos caminhos percorridos sobre a dificuldade de aprendizagem referente ao cognitivo do aluno, que apresenta esse diagnóstico.
O papel do professor desde o ensino básico é fundamental na formação de qualquer criança, mas quando falamos de alunos especiais é necessário reforçar a importância em ter um educador especializado no assunto.As pessoas com deficiência intelectual ou cognitiva geralmente apresentam dificuldades para resolver problemas, compreender ideias abstratas, estabelecer relações sociais, obedecer regras e realizar atividades cotidianas.
Outro ponto que pode ser afetado é a capacidade de argumentação dos alunos, que deve ser estimulada para facilitar o processo de inclusão e fazer com que a pessoa adquira independência em suas relações com o mundo.
O Instituto Inclusão Brasil estima que 87% das crianças brasileiras com algum tipo de deficiência intelectual têm mais dificuldade na aprendizagem escolar e na aquisição de novas competências, se comparada com crianças sem deficiência. Ao longo do seu desenvolvimento é possível que a grande maioria alcance certa dependência. Já os 13% restantes dessas crianças, que possuem comprometimentos mais severos, vão depender de atendimento especial durante toda a vida.
A aprovação, em 2006, da Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência pela ONU garantiu um sistema de Educação inclusiva em todos os níveis de ensino. Em 2008, o movimento repercutiu aqui no Brasil com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e, em 2011, o decreto 7.611 regulamentou o Atendimento Educacional Especializado (AEE), como uma política atrelada à matrícula do aluno no ensino regular.
A importância em se especializar no campo da Educação Especial
Em geral, o pedagogo é conhecido como aquele profissional que atua nas escolas como educador, principalmente na educação básica. Mas, com uma formação dinâmica e ampla, são cada vez maiores as possibilidades de especialização em pedagogia.
A educação passou a ser entendida como algo fundamental fora dos muros escolares e isso significou uma grande expansão do mercado de trabalho. Além de atuarem na gestão e administração escolar, os pedagogos são requisitados em diversos locais: empresas públicas e privadas, produção de materiais didáticos e até hospitais.
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Na educação inclusiva trabalham duas vertentes da pedagogia: o Psicopedagogo e o Especialista em Educação Inclusiva. Ambos conseguem identificar as necessidades especiais do aluno que tem alguma dificuldade. Aqui, vamos falar somente do especialista em Educação Inclusiva.
O profissional que opta por fazer uma pós-graduação no campo da educação especial, como a Deficiência Intelectual, torna-se apto a desenvolver e aplicar ações pedagógicas voltadas à integração de estudantes com necessidades especiais. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, enquadram-se nessa categoria alunos com deficiência física, sensorial, mental ou múltipla, bem como aqueles superdotados ou com altas habilidades, por exemplo.
Esse professor é capaz de identificar rapidamente o que o aluno não é capaz de fazer e decide o melhor caminho para se trabalhar, mas também deve entender as competências e habilidades que essa criança tem.
Para estimular o interesse no aprendizado, é interessante propor atividades paralelas com os conteúdos mais simples ou diferentes, que não caracterizam uma situação de inclusão. Nesses casos deve redimensionar o conteúdo com relação às formas de exposição, flexibilizar o tempo para que a criança realize a atividade e usar estratégias diversificadas, como a ajuda dos colegas de sala — o que contribui para socialização e inclusão do aluno.
Em sala de aula, é importante ter a mediação do adulto no que diz respeito à organização da rotina e falar para o aluno com deficiência intelectual, com antecedência, sobre o que será necessário para realizar determinada tarefa e quais etapas devem ser seguidas nessa atividade.
A especialização em Educação Especial com ênfase em Deficiência Intelectual
Agora que já sabemos da importância desse especialista e qual o papel dele na inclusão de alunos com necessidades especiais, vamos entender melhor sobre o curso de pós-graduação.
Esse curso prepara os profissionais capazes de lecionar para o público específico e que necessita de uma atenção especial: os alunos com algum tipo de deficiência intelectual. O objetivo é que esses educadores se apropriem dos conhecimentos sobre o ensino inclusivo, com base em contribuições teóricas, práticas e documentos oficiais sobre o tema.
Além disso, o curso também tem o intuito de contribuir para que o profissional:
- Elabore, implemente e avalie propostas educacionais sustentadas nos conceitos, princípios e valores da escola para todos;
- Promova discussões acadêmicas sobre práticas do ensino inclusivo (Atendimento Educacional Especializado — AEE);
- Dialogue e elabore materiais didáticos à luz das perspectivas teóricas estudadas.
Você pode se especializar na área de Deficiência Intelectual na pós-graduação em Educação da Unopar. O curso pode ser feito de qualquer lugar do país, pois é totalmente on-line, e tem duração de 6 ou 10 meses.