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Curiosidades

Gerty Cori: Conheça a história da primeira mulher a receber o prêmio Nobel de Medicina

O Ciclo de Cori, o processo do metabolismo do açúcar no nosso organismo, leva o nome da equipe de marido e mulher, Gerty Cori e Carl Cori, o casal responsável por nos ajudar a entender como as células utilizam os alimentos e os convertem em energia por meio de um processo cíclico nos músculos.

Sua pesquisa histórica com carboidratos não só resultou no desenvolvimento de tratamentos para diabetes, como também tornou Gerty a primeira mulher a vencer o Prêmio Nobel de fisiologia e medicina, em 1947. Neste artigo, você conhecerá a sua trajetória na medicina e suas experiências na área da ciência. Acompanhe!

O início de Gerty Cori na medicina

Gerty Cori nasceu em 1896, em uma rica família judia de Praga. Na época, seu nome era Gerty Theresa Radnitz e seu tio, um professor de pediatria, apoiou seu interesse em matemática e ciências, encorajando-a a se inscrever na faculdade de medicina.

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Embora fosse permitido que as mulheres frequentassem a universidade, as escolas femininas não ensinavam latim, matemática, física ou química. Dessa forma, poucas eram capazes de passar no vestibular. Mas Gerty conseguiu.

Foto Preto e branco de Gerty Theresa Cori

Na faculdade, Cori encontrou as maiores paixões de sua vida: bioquímica e Carl Cori. Ela e Carl se conheceram na aula de anatomia e se tornaram inseparáveis. Eles estudavam, se divertiam e pesquisavam juntos, casando-se logo após Cori se formar, aos 24 anos.

Entretanto, aquele período radiante nas suas vidas foi desestabilizado devido à política. Em 1920, a Europa Oriental ainda estava se recuperando da guerra e o antissemitismo estava em alta. Apesar de Gerty ter se convertido para se casar, sua ascendência judia ainda representava um forte risco para o casal.

Ainda que Gerty e Carl sempre tenham sido iguais no laboratório, não era assim que eram tratados. Após oito anos na cidade de Buffalo, em que publicaram 50 artigos juntos, eles resolveram buscar um local mais adequado para suas pesquisas. Porém, poucas instituições contratariam Gerty, apesar das suas incríveis realizações.

A descoberta do Ciclo de Cori

Inicialmente, durante a década de 1920, quando o casal se tornou cidadão dos EUA, eles colaboraram com um estudo sobre o metabolismo de tumores. Mais tarde, voltaram sua atenção ao metabolismo dos carboidratos, analisando como o corpo produz e armazena energia.

Na época, pouco se sabia sobre como o organismo mantinha um suprimento constante de energia. Em 1936, eles descobriram a glicose-1-fosfato, um derivado da glicose, a forma na qual o açúcar é armazenado nos músculos. Além disso, também identificaram seu catalisador, conhecido como éster de Cori.

Com base nas suas descobertas, Gerty e Carl conseguiram apresentar como o glicogênio muscular é quebrado em ácido láctico, transportado para o fígado, em que é convertido em glicose e, em seguida, volta para o músculo, funcionando como fonte de energia. E esse grande feito os levou a receber o Prêmio Nobel de fisiologia e medicina em 1947, fazendo de Gerty Cori a primeira mulher a recebê-lo.

Seus merecidos reconhecimentos

Depois de muitos anos assumindo cargos inferiores ao marido, embora tivesse o mesmo grau de ensino e nível de experiência, Gerty Cori foi finalmente promovida a posições que correspondiam ao seu talento e conhecimento.

Em 1939, na Washington University em St. Louis, ela foi nomeada a pesquisadora associada e, em 1940, como professora associada na área de pesquisa. Somente após seu reconhecimento mundial, que a universidade a colocaria na posição professora titular.

Claro, mesmo recebendo o prêmio, Cori continuou a mergulhar no processo metabólico, descobrindo novas enzimas, suas funções e a deficiência enzimática no cerne de várias doenças.

Seus últimos dez anos foram produtivos, mas difíceis. Ao longo da sua última década de vida, Gerty Cori sucumbiu à mielofibrose, uma doença da medula óssea que exigia cirurgias, transfusões de sangue e, por fim, auxílio para se locomover. Cori faleceu em 1957 aos 61 anos, mas muito grata por toda a sua jornada na ciência.

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Autor: Equipe Blog Portal Pós

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