Gestão das emoções: quais são e como identificá-las?

As emoções fazem parte da nossa vida, do nosso dia a dia. Elas estão em todos os nossos relacionamentos: sejam eles pessoais ou profissionais. Podem nos ajudar, salvar nossa vida, mas, também, podem causar muitos danos (EKMAN, 2011).

Mas, afinal, o que são as emoções? Segundo Goleman (psicólogo que ajudou a disseminar o conceito de Inteligência Emocional), emoção é “um sentimento e seus pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos, e a uma gama de tendências para agir”.

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O autor conta ainda que não existe um consenso a respeito de quais emoções poderiam ser consideradas primárias. Paul Ekman acredita que são poucas as emoções primárias, sendo são apenas quatro: medo, ira, tristeza e alegria. Segundo ele, todas as demais emoções derivam dessas quatro.

Já Goleman acredita que existe uma série de outras emoções: ira, tristeza, medo, prazer, amor, surpresa, nojo e vergonha.

Vamos conhecê-las melhor:

imagem com uma série de emoções

Fonte: Adaptado de Goleman (2012, p. 303)

E aí, você se surpreendeu com a quantidade?! Conhecia todas elas? Talvez não. Dependendo de qual geração você seja, você não foi incentivado a falar sobre as emoções, muito pelo contrário. Se você é da década de 80 ou anterior, você deve ter ouvido em algum momento da sua infância um “engole esse choro aí”, “pare de frescura” e muitas outras “pérolas”. E por essa razão, talvez, até hoje, você não tenha se dado ao direto de “sentir as emoções” ou muitas vezes até sente, mas não sabe nomeá-la ou as esconde.

Leia também: Inteligência Emocional: o que é?

Mas, para fazer uma gestão das emoções de forma assertiva é preciso saber identificá-las e, mais importante, se permitir sentir as emoções. Isso faz parte do autoconhecimento.

Quero te propor um desafio.. e aí, você topa?

Vamos lá:

  • Todo dia, no final do dia, você vai reservar um tempinho só para você. E você vai refletir sobre como foi o seu dia. Você vai olhar no quadro acima com as emoções e vai tentar identificar quais delas você experimentou.
  • Agora que você já identificou as emoções, é preciso identificar o que te fez sentir essas emoções. Qual foi o gatilho. Por exemplo: você pode ter se sentido irritada porque alguém não fez algo que você pediu, pode ter se sentido muito feliz pois recebeu um presente.
  • Feito isso, você precisará descrever como você reagiu. Por exemplo: você se sentiu irritada porque seu colega de grupo ficou de fazer uma pesquisa importante para o trabalho, mas não fez e, com isso, o grupo todo ficou com a avaliação prejudicada, e você discutiu feio com esse colega, gerando um grande conflito.
  • Agora, o desafio é: pensar em outras maneiras de ter lidado com a situação. Vamos considerar o mesmo exemplo acima: havia outra forma de reagir? Qual seria?

Esse exercício é interessante pois irá te ajudar a criar “repertórios” e, quando essa situação acontecer novamente, você terá outra opção de como reagir. É como se você estivesse montando um “banco de estratégias” sobre como agir de forma assertiva quando determinados gatilhos acontecerem.

E lembre-se: as emoções fazem parte da nossa vida, porém, não é possível definir quais serão as emoções que iremos sentir, tampouco, qual será a intensidade. A nós, resta apenas escolher como expressar essas emoções, ou seja, o como reagir a elas. O que, por vezes, impulsionará as emoções nas outras pessoas que, da mesma forma, irão escolher o como reagir a elas. E, assim, formam-se os conflitos.

Fazer a gestão das emoções não significa parar de sentir as emoções, mas estar no controle, saber quais são os gatilhos que te levam a sentir cada uma das emoções e pensar em estratégias para não reagir de forma agressiva, por exemplo. Não agir no “calor da emoção” e sim agir de forma estratégica e que esteja de acordo aos seus valores e, também, de acordo com a sua marca pessoal.

Referência Bibliográfica:

EKMAN, Paul. A Linguagem das Emoções: revolucione sua comunicação e seus relacionamento reconhecendo todas as expressões das pessoas ao seu redor. São Paulo: Lua de Papel, 2011

GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. 2a Ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

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