Mentir no currículo? Jamais! Saiba por que nunca fazer isso

Você já pensou em mentir no currículo? Ou conhece alguém que já fez isso? Pode parecer loucura, mas existem pessoas que fazem isso e esquecem que existem riscos ao tomar essa decisão.

Uma das mentiras mais comuns que os recrutadores encontram nos currículos é o aumento das habilidades pessoais. Alguns profissionais de RH afirmam que a maioria diz ter inglês intermediário quando, na verdade, é básico. Também existem candidatos que afirmam saber tudo sobre a área e não possuem metade dos conhecimentos descritos no currículo.

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Mas, vale a pena mentir no currículo? Isso é o que vamos entender ao longo deste artigo.

Compensa mentir no currículo para conseguir uma vaga?

Se já passou pela sua cabeça a possibilidade de mentir no currículo para conseguir um emprego, saiba que essa atitude não vale a pena. Inventar uma experiência que você não tem ou falar que o seu nível em outro idioma é fluente não é indicado – e explicamos o motivo disso ser um erro:

  • Mentira tem perna curta

Os recrutadores conseguem perceber mentiras no currículo de longe. Por menor que seja a sua mentira, ela será descoberta e, se isso acontecer, as suas chances de seguir no processo seletivo são mínimas.

  • Pode gerar demissão

Suponhamos que sua mentira passou despercebida na entrevista e você foi contratado. Bom, você vai precisar provar no dia a dia tudo que colocou no seu currículo e existe a possibilidade de você ser demitido — e estragar a sua reputação. Isso vai acontecer porque eles vão perceber que, na verdade, você não sabia nada do que informou no currículo.

A chance dessa mentira ser descoberta é ainda maior se ela tiver ligação com o principal requisito da vaga. E, pense: por que mentir sobre algo que é indispensável para a vaga, sabendo que as chances de ser descoberto são enormes?

  • Pode render uma justa causa

Dependendo da mentira e como ela impacta na função que você foi contratado, a demissão vai vir e pode ser até em justa causa. Ou seja, manchar a sua imagem profissional por um longo período. 

Vale mesmo a pena correr todos esses riscos ao inventar uma vida profissional que não corresponde com a sua, só para conseguir uma vaga? Os riscos são vários e podem impactar a sua carreira a longo prazo.

Quais são as mentiras mais comuns?

Segundo um levantamento da DNA Outplacement, cerca de 75% dos brasileiros mentem no currículo. Desta forma, algumas mentiras já são bastante conhecidas pelos recrutadores e é possível perceber com facilidade ao receber um currículo. Conheça algumas delas:

1 – Conhecimento em idiomas

Um dos mais comuns é o aumento do nível de conhecimento em outros idiomas. O candidato acha que, assim, as suas chances de conseguir a vaga serão maiores. Mas, na verdade, ele corre um sério risco, pois se ter um nível avançado ou fluente em outro idioma for necessário para a vaga, o recrutador pode pedir uma demonstração durante a entrevista.

Leia também: Por que vale a pena aprender um novo idioma?

Imagine que o entrevistador sugeriu de continuar a entrevista em inglês? Você conseguiria seguir? Se mesmo assim você ainda quiser arriscar, é importante lembrar que, caso seja contratado, a vaga pode exigir a comunicação em outro idioma no dia a dia.

2 – Cargos anteriores

Colocar um outro cargo no seu currículo só porque a sua antiga função era parecida é um problema e tanto. Imagine só falar que você foi um coordenador só porque as funções são parecidas, mas na verdade seu cargo era de analista? A sua carteira de trabalho vai te entregar logo de cara no momento da contratação.

O melhor a fazer é colocar o cargo certo no seu currículo e usar a descrição para falar sobre as funções que você tinha. Essa é a melhor saída, pois se fizer o caminho contrário poderá ser considerado um profissional sem ética e perder a chance dos seus sonhos.

3 – Mentir o nome da instituição de ensino

Nem todo mundo teve a oportunidade de cursar a melhor instituição de ensino da área de atuação e, por isso, acaba optando por omitir ou até mesmo trocar o nome do local. Se o recrutador desconfiar e checar se você foi ou não estudante de lá, sua chance de seguir no processo será levada por água abaixo.

4 – Inventar cursos complementares

Se você começou algum curso, mas não terminou está tudo bem… O que não está bem é se no seu currículo constar que o curso foi concluído. Não deixe sem data de conclusão e nem invente uma data, pois o recrutador pode ir atrás da instituição e descobrir que tudo não passou de uma mentira. 

Ou, se você for aprovado no processo, precisará apresentar seu diploma e certificado de conclusão, o que, obviamente, não será possível. Inclusive, esse é um dos motivos que podem levar a uma demissão de justa causa.

Não é crime mentir no currículo, mas isso pode quebrar a confiança entre você e a possível empresa que você vai trabalhar, além de queimar a sua imagem no mercado de trabalho. Lembre-se que as empresas pesquisam tudo antes de contratar alguém, desde o nome até se a pós-graduação é verdadeira. Então, opte sempre por falar a verdade e deixar a mentira fora do seu currículo.

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