5 mulheres inspiradoras e brasileiras que você precisa conhecer

A história do Brasil está repleta de personalidades que transformaram e marcaram não apenas a sua época, mas também os dias atuais. Entre essas personalidades, estão mulheres inspiradoras, brasileiras que lutaram para quebrar preconceitos, batalharam por igualdade e pela garantia de seus direitos como cidadãs. 

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Conheça essas mulheres inspiradoras

Nem sempre elas recebem o reconhecimento que merecem e também não estão ilustradas nos livros de história, mas são influência para as mulheres e meninas de todas as gerações. Confira a lista que separamos e se inspire com essas histórias. 

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1- Enedina Alves Marques 

Talvez você não saiba, mas a primeira mulher negra a se formar em Engenharia nasceu em janeiro de 1913. Enedina Alves Marques teve a oportunidade de ingressar nos estudos porque sua mãe, Virgilia Marques, trabalhava como secretária do lar na casa do delegado Domingos Nascimento. Por ter a mesma idade de sua filha, Domingos decidiu matricular Enedina no mesmo colégio para a fazer-lhe companhia. 

Continuou seus estudos até que, em 1938, decidiu ingressar no curso complementar de pré-engenharia, onde já mostrava grande interesse pela área. Em 1940, tornou-se aluna na Faculdade de Engenharia da Universidade do Paraná, sendo a única mulher da sua turma, graduando-se em Engenharia Civil no ano de 1945. 

Mesmo em um ambiente dominado por homens brancos, Enedina impunha respeito e foi uma profissional muito reconhecida. Além de ser a primeira mulher em seu curso, ela também foi a primeira mulher a receber um certificado de curso superior no Estado do Paraná.  

Até os dias atuais, Enedina representa uma grande força e é respeitada por ter sido a pioneira da engenharia. Em sua homenagem foi fundado o Instituto de Mulheres Negras Enedina Alves Marques, que tem como objetivo lutar pela igualdade de direitos e contra a discriminação. Enedina será sempre lembrada por ser um símbolo de força e coragem. 

2- Maria Quitéria

Nascida em julho de 1972, Maria Quitéria foi a primeira mulher a integrar o Exército Brasileiro e a lutar pela independência do Brasil, tornando-se uma grande heroína. Filha de um português fazendeiro e de Joana Maria, que faleceu quando Quitéria tinha apenas 10 anos. Maria Quitéria não frequentou a escola. Nessa época, as mulheres aprendiam apenas os afazeres de casa, mas já apresentava habilidade e talento para caça e montaria. 

Com as batalhas para a independência do país em 1822, as tropas brasileiras procuravam por voluntários. Essa informação despertou interesse na jovem, mas teve seu pedido negado pelo pai, que não permitiu que sua filha primogênita se juntasse às forças armadas. 

Mesmo assim, Maria Quitéria fugiu de casa, cortou os cabelos, vestiu roupas de homem e se apresentou como Soldado Medeiro. Alguns dias depois, foi descoberta por seu pai, que solicitou que voltasse para casa, mas um comandante defendeu a sua permanência na  artilharia por ser muito habilidosa. E, assim, aos 30 anos tornou-se a primeira mulher a lutar pelo Brasil. 

Parece história de filme, mas realmente aconteceu! Maria Quitéria inspirou e influenciou diversas mulheres e acabou formando um grupo feminino no exército. 

3- Cora Coralina

Uma das principais poetisas do país, Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, mais conhecida como Cora Coralina, teve a sua primeira obra, “Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais”, publicada aos 76 anos de idade. 

A história dessa grande autora com os versos iniciou-se aos seus 14 anos, quando teve o conto “Tragédia na Roça” publicado no Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás. Após se casar, virou doceira e criou seus filhos, mas ainda escrevia poemas nas horas vagas. Após a publicação de seu livro, Cora ficou muito conhecida por expressar em seus poemas o seu dia a dia. 

Cora Coralina foi a primeira mulher a receber o troféu Juca Prato, entre outros prêmios. Em 1983, recebeu, por meio da Universidade Federal de Goiás (UFG), o título de Doutora Honoris Causa. Sem ao menos concluir o ensino fundamental, Cora encantou e encanta a todos que leem suas poesias.

4- Nísia Floresta 

No Rio Grande do Norte, em 1810, nascia Dionísia Gonçalves Pinto, mais conhecida por seu pseudônimo Nísia Floresta Brasileira Augusta. A educadora é conhecida como a primeira feminista brasileira. Durante a sua vida publicou obras nas quais defendia os direitos das mulheres, dos escravos e dos indígenas. O seu primeiro livro “Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens” foi escrito quando tinha apenas 22 anos. 

Em 1838, abriu uma escola para meninas que garantia a mesma educação que era dada aos meninos, com aulas de Matemática, de História e de Português. Alguns anos depois, decidiu mudar-se para Europa, onde teve a maioria de suas obras e colunas publicadas. O que escrevia recebia muita repercussão, mas também diversas críticas aos seus pensamentos feministas, assim como quando morava no Brasil.

Hoje, a cidade em que nasceu leva seu nome, Nísia Floresta. Todas as escolas locais trabalham a história de vida da educadora na grade curricular. Além disso, com o objetivo de conservar sua memória e  suas obras, inaugurou-se, em 2012, um museu na cidade, onde são promovidas atividades culturais e artísticas para os visitantes.

Nísia Floresta não defendeu apenas os direitos das mulheres, como também lutou por mudanças e ajudou várias meninas a garantirem seus direitos.

5- Graziela Maciel Barroso 

Em 1912, nasce a pequena Graziela, que após alguns anos tornou-se a maior taxonomista de plantas do país. O interesse por botânica se iniciou após seu casamento aos 16 anos com o agrônomo Liberato Barboso. Depois do crescimento dos filhos, quando tinha 30 anos, seu marido começou a lhe ensinar sobre botânica. Assim trilhou seu caminho e iniciou um estágio no jardim botânico do Estado do Rio de Janeiro. 

Aos 47 anos, iniciou no curso de biologia da Universidade do Estado da Guanabara, atualmente conhecida como  Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Durante a carreira, escreveu alguns livros sobre a botânica brasileira, que hoje são considerados referência internacional, como o livro Sistemática de Angiospermas do Brasil.

Nos últimos anos, mais de 25 espécies de vegetais foram batizados com o seu nome, como Dorstenia grazielae (caiapiá-da-graziela) da família das moráceas. Graziela Barros, recebeu o título de primeira dama da botânica brasileira e continua inspirando alunos e profissionais da sua área.

Seja também como essas mulheres inspiradoras

Hoje, mostramos 5 mulheres inspiradoras que mudaram não apenas a história do país, mas também a nossa história. São muitas Coras e Marias espalhadas pelas cidades brasileiras. Se você quer se inspirar nessas grandes mulheres, os novos cursos de pós-graduação podem te ajudar a dar esse primeiro passo. Confira! 

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