Quem foi Paulo Freire

Quem foi Paulo Freire

Educador, filósofo e escritor. Essas atribuições não detalham quem foi Paulo Freire, mas servem como titulação para comprovar seu conhecimento, metodologia de estudo e importância para a educação nacional. Nascido Paulo Reglus Neves Freire (1921-1997), o pernambucano teve sua formação inicial no curso de Direito, mas abandonou a advocacia para dedicar-se à função de professor de Língua Portuguesa.

Foi lecionar no Colégio Oswaldo Cruz, instituição de ensino em que concluiu o Ensino Básico. Além disso, Freire também atuou no Serviço Social da Indústria (SESI) como diretor do setor de educação e cultura e também como professor de Filosofia da Educação na então Universidade de Recife.

Títulos e honrarias

Cerca de 48 títulos, entre doutorados honoris causa e outras honrarias de diversas instituições e universidades no Brasil e do exterior, foram concedidos ao professor. Além disso, entre os títulos de sua obra está Pedagogia do Oprimido, a terceira em ciências humanas entre as mais citadas em todo o mundo, de acordo com estudo realizado pelo pesquisador Elliot Greeni, especialista em desenvolvimento e aprendizagem, da London School of Economics, em 2016.

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Cerca de 350 escolas e instituições, como bibliotecas e universidades, levam, como homenagem, o nome de Paulo Freire em suas dependências. Por meio de um projeto de lei criado pela então deputada Luiza Erundina, em 2005, Paulo Freire foi indicado ao reconhecimento de Patrono da Educação Brasileira. O PL foi sancionado em 2012 pela presidenta Dilma Rousseff, pela Lei 12.612/12.

Asilo político e trabalhos

Paulo Freire, acusado de subversão em 1964, ficou 72 dias preso. Assim, foi exilado primeiramente no Chile, país em que coordenou projetos de alfabetização de adultos, por meio do Instituto Chileno de Reforma Agrária, durante cinco anos. Não parou mais de viajar e espalhar seus conhecimentos e metodologias pelo mundo.

Em 1969, lecionou na Universidade de Harvard (EUA) e, em 1970, coordenou o Conselho Mundial de Igrejas em Genebra, na Suíça. Antes de voltar ao Brasil em 1980, por meio da Lei da Anistia, sancionada em 1978, passou por mais de 30 países, implementando projetos de educação, com foco em alfabetização.

Ministrou aulas na PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e na Unicamp (Universidade de Campinas). Além disso, durante os anos de 1988 e 1991, Freire foi nomeado secretário de Educação do município de São Paulo pela então prefeita Luiza Erundina. Foi substituído por Mário Sérgio Cortella, que ocupou o cargo até 1992.

Por haver criado a possibilidade de alfabetizar jovens e adultos em aproximadamente 40 horas e com baixo custo, o professor Paulo Freire inspirou o Plano Nacional de Alfabetização, que começou a ser encabeçado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), ainda no governo de João Goulart.

Principais obras

As obras de Paulo Freire foram fundamentais para a alfabetização e o letramento de milhares de pessoas em todo o mundo. Confira algumas das mais importantes:

Pedagogia do Oprimido

Logo no início de seu exílio, no Chile, o professor pernambucano escreveu o que talvez possamos chamar de sua principal obra. Pedagogia do Oprimido propõe uma grande revisão entre educadores e educandos, com foco primordial a partir do diálogo, como base para a construção do processo de ensino e aprendizagem.

Dessa forma, o educador mostra que a educação com diálogo é a chave para ensinar as massas, sem exclusão, por meio de um processo libertador e igualitário.

Educação Como Prática da Liberdade

Trata-se de uma autocrítica de sua proposta educacional a partir de seus feitos como professor e educador com a finalidade de diminuir a exclusão e diferenças sociais. Foi escrito também no período em que esteve exilado, logo após o término de Pedagogia do Oprimido.

Pedagogia da Autonomia

Respeito, autonomia e alteridade são as palavras-chave, segundo Freire, para que o educador aprenda a ensinar aos que educam. Segundo o autor, o professor que foge desses três princípios não está capacitado para ensinar a alguém, uma vez que não respeita a individualidade de cada ser ensinado.

Morte e legado de Paulo Freire

Em 2 de maio de 1997, o professor faleceu aos 76 anos, após ser submetido a uma angioplastia, com complicações no sistema circulatório. Mundialmente conhecido por suas obras e contribuições à educação, o educador ganhou, ainda em vida, o IPF (Instituto Paulo Freire) em 1992.

O IPF promove ainda hoje consultoria e elaboração de projetos de educação, alfabetização e letramento de jovens e adultos, além da implementação de cursos de formação para professores e alfabetizadores em geral.

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