Síndrome do impostor: quais os sintomas e como se livrar?

mulher com a cabeça baixa no notebook para indicar síndrome do impostor

Você já se sentiu incapaz de realizar algo ou se questionou se merecia certa conquista? É por esse caminho que a síndrome do impostor percorre. Cada vez mais estudada no âmbito da saúde mental, esse transtorno gera sentimentos de insegurança, inferioridade, desmerecimento, baixa-autoestima e dúvidas com relação à capacidade, seja no quesito profissional ou acadêmico.

Todo mundo está suscetível a desenvolver a síndrome, independente da idade, mas ela impacta, sobretudo, pessoas que têm profissões muito competitivas, que estão iniciando novos projetos, mudando de cargo e que são bem-sucedidas. Mesmo não sendo considerado uma doença psicológica pela Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 70% das pessoas já foram acometidas pelo problema pelo menos alguma vez ao longo da vida.

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O complexo de impostor provoca uma sensação de inadequação constante, embalada ao medo e autopercepção de que o indivíduo é menos qualificado para desempenhar certa função. Além disso, o problema pode causar, inclusive, sintomas físicos, como enxaqueca, cansaço, dores musculares, insônia e gastrite. Por isso a importância de estar sempre atento aos sinais ligados a esse transtorno.

Como identificar a síndrome do impostor?

1 – Autossabotagem

Com a autossabotagem, a pessoa enxerga o fracasso onde não existe, cria obstáculos para não fazer determinada tarefa ou encarar certas situações com medo de falhar. Constrói pensamentos negativos, não consegue aproveitar e comemorar as suas conquistas, o que pode afetar a sua saúde mental e impedir o seu crescimento.

2 – Excesso de esforço

Com o objetivo de justificar as suas conquistas, a pessoa com esse transtorno está o tempo todo se esforçando excessivamente na busca por fazer uma entrega de alta qualidade, que em muitos casos precisa atingir a perfeição. Isso acontece porque ela se sente inferior aos demais e desconfia de si próprio, gerando mais ansiedade também.

3 – Sensação de ser uma fraude

O indivíduo que sofre de síndrome do impostor carrega uma sensação frequente de que ele é uma fraude prestes a ser desmascarado, mesmo que tudo ao seu redor aponte exatamente para o oposto. Deste modo, ele sempre acha que não é competente para a posição que alcançou ou é incapaz de aceitar o próprio sucesso.

4 – Comparação com os demais

Por viver com esse sentimento de inferioridade, a pessoa também acha que nunca é boa o suficiente comparada, por exemplo, com os demais colegas de trabalho e que possui menos qualificação ou baixa performance.

5 – Medo de se expor

Outro sintoma muito frequente é o medo da exposição, de ser visto. Por isso, quem carrega esse problema tem receio de ser julgado ou avaliado. Está sempre buscando não aparecer, é discreto e não divide as suas inquietações. E, quando surge a oportunidade de receber um elogio ou uma promoção, tem dificuldade de aceitar ou acreditar.

6 – Necessidade de agradar a todos

A pessoa se esforça para ser carismática o tempo inteiro e quer agradar a todos que estão ao seu redor, na tentativa de obter aprovação, justificar o motivo de ter conquistado algo e mostrar que é capaz.

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Como se livrar desse transtorno?

Após detectar os sintomas da síndrome do impostor e reconhecer que esse problema, de fato, tem prejudicado a sua vida, procure a ajuda de um psicólogo, pois o acompanhamento deste especialista irá contribuir para o seu autoconhecimento e para identificar o que motiva essas sensações. Além disso, ele irá ajudá-lo a vencer traumas e buscar novos caminhos que te permitam crescer e evoluir. Com esse suporte, você terá mais consciência de suas competências e aptidões.

Também é importante contar com uma pessoa de sua confiança, um amigo ou, no caso profissional, um gestor, para dividir angústias, opiniões e conselhos, pois compartilhar sentimentos muitas vezes alivia certas aflições. Comece a respeitar as suas próprias limitações, aceite suas falhas e os elogios que recebe e evite a comparação com os outros – as redes sociais, por exemplo, podem ser uma fonte de gatilhos para comparações, porém muitas vezes o que está ali não condiz com a realidade.

Pratique exercícios que contribuam na melhora da autoestima e diminuam o estresse e a ansiedade, como a meditação, a yoga e atividade física no geral, além de ajudar no processo de autocuidado e autoconhecimento. Invista também em atividades de lazer, reserve um tempo para fazer o que gosta, sem pressão ou autocobrança, pois essas ocasiões ajudam, inclusive, a clarear as ideias e a descobrir o que te faz feliz e te traz bem-estar, tanto na vida pessoal quanto na profissional.

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