Estamos vivendo um momento muito importante na sociedade, onde nota-se uma forte tendência na inclusão e respeito à diversidade, não somente como abordagem da responsabilidade social, mas também como estratégia de negócio. Em grande parte, isso tem sido promovido através das redes sociais, onde muitos passaram a ter voz e expor opinião de forma influente, sobre os direitos de igualdade para a diversidade humana, principalmente para com aqueles que são considerados grupos minoritários: mulheres, negros, deficientes e LGBTQIA+.
E o que isso tem a ver com as habilidades sociais e emocionais?
Tudo! Significa que ao longo da vida, teremos que lidar com pessoas que são e pensam de formas diferentes da nossa, seja na escola, no trabalho, até mesmo em nossas casas e não podemos agir de forma preconceituosa ou desrespeitosa, independentemente da aparência, classe social, etnia, gênero, idade, raça, religião, sexo, opção sexual, deficiências, modo de se vestir, etc.
Dessa forma, há comportamentos que são esperados em todas as relações, tais como: respeito, empatia e polidez, como também há uma lista de hábitos que são inapropriados, por exemplo: desrespeito, mentira, omissão e menosprezo, sendo que as repetições de condutas inapropriadas, podem até representar algum problema psicológico que requer um acompanhamento profissional.
E quais são as habilidades que podemos desenvolver?
Autogestão: através do autoconhecimento é possível desenvolvermos a autoregulação e responsabilidade que temos frente às nossas próprias necessidades e ações. Manter pensamentos positivos, gerenciar emoções e lidar com o stress fazem parte de uma preparação para conviver bem consigo mesmo e com os demais. Buscar formas de adquirir qualidades que ainda não estão afloradas, tais como: empatia, criatividade, pró-atividade, disposição para aprender, empreender e ensinar, podem-nos recompensar com sentimento de satisfação e aumento na performance nas atividades que são realizadas no dia a dia.
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Comunicação: somos responsáveis pelo o que queremos transmitir, saber se fazer entender faz toda a diferença em qualquer tipo de comunicação, seja ela verbal ou não-verbal. Além de clareza e objetividade é necessário colocar-se no lugar do receptor, ou seja, ter empatia cognitiva, passar confiança, utilizar-se de todos os elementos que podem auxiliar na transmissão da informação. Por outro lado, para que uma comunicação seja ótima é imprescindível ser um bom ouvinte, prestar atenção na fala do outro e demonstrar interesse. Faz parte de uma comunicação construtiva: elogios, sugestões, críticas bem-intencionadas e abertura para o novo.
Gerenciar: esta habilidade é representa através das ações: resolução de problemas, falar em público, mediar conflitos, motivar o desenvolvimento e participação de todos da equipe, atuar de acordo com o perfil de seus liderados, controlar atividades que devem ser entregues, estabelecer prazos e metas, dar direcionamentos e feedbacks.
Posicionar-se de forma assertiva: ou tomar as melhores decisões, esta prática está ligada à saber se expressar, opinar, sugerir, debater, manifestar desagrado de forma polida e lidar com objeções. Assim podemos respeitar nossos limites e aproveitar melhor o nosso tempo na companhia de outras pessoas.
Relacionar-se com civilidade: agir de forma ética, é ser respeitoso com todas as pessoas com quem nos relacionamos, mantendo pensamento empático e tratamento de igualdade. A cortesia faz parte dessa conexão, então cumprimentar, responder cumprimentos e usar as “palavrinhas mágicas” devem fazer parte da rotina. É de bom tom, ajudar os outros quando possível, apoiar atividades sociais, compartilhar objetos, doar e motivar amigos a participarem de ações solidárias.
Estas habilidades não são adquiridas com conhecimento técnico, não é? Por isso, além de buscarmos qualificação profissional é muito importante nos desenvolvermos em áreas pessoais. Quanto mais nos conhecemos melhores seres humanos nos tornamos.
Referência: Competencia Social e Habilidades Sociais; manual teórico-pratico – Almir del Prette, Petropolis/RJ: Editora Vozes 2017
Texto escrito por Ana Paula Cunico
Pós-Graduada em MBA em Gestão Estratégica de Negócios; Graduada em Administração de Empresas; Atualmente Analista de Desenvolvimento de Negócios na Platos.
