O sucesso dos livros e leitores digitais já não é uma novidade no Brasil. Com a tecnologia avançando cada vez mais rápido, tornou-se fácil encontrar opções de leitura em diferentes formatos além do físico. No entanto, quando falamos de estudos, ainda é comum nos questionarmos: é melhor ler um livro digital ou físico? Afinal, embora os nativos digitais estejam mais adaptados às telas, o momento de concentração acadêmica ainda pode ser um desafio.
Neste artigo, te contaremos as principais diferenças entre livros digitais e físicos no momento do estudo. Assim, será mais fácil decidir qual é a melhor opção para você. Confira!
Quais são as principais diferenças entre os livros digitais e os livros físicos?
De modo geral, é comum que se assuma que a principal diferença entre esses dois tipos de livros seja a sua plataforma. Enquanto os livros digitais são lidos em dispositivos móveis (tablets, telefones, notebooks), os livros físicos são impressos em papel.
A discussão sobre o tema, contudo, é bem maior do que isso. Conheça algumas outras diferenças fundamentais entre esses dois formatos!
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1. O preço
Quando os livros digitais ainda eram uma grande novidade, era frequente assumir que eles seriam mais baratos do que os livros físicos. E isso até é verdade: em geral, e-Books têm um custo de produção menor e, por isso, são mais em conta.
Mas você sabia que a principal diferença de preço não está no valor de cada livro, e sim no momento da compra? Eu explico melhor.
O que acontece é que os livros digitais, apesar de serem um pouco mais baratos, precisam ser lidos em dispositivos comumente mais caros. Tablets, e-Readers e até mesmo telefones precisam ser compatíveis com os aplicativos de leitura, ter espaço de memória e são, com frequência, mais custosos.
Assim, quem opta pelo livro digital acaba escolhendo também um gasto que acontece antes da leitura. Primeiro, compra-se o suporte; depois, o livro.
Já no caso dos livros impressos, é o contrário. Ao adquirir um livro físico, o suporte para lê-lo não é necessário. Assim, embora você talvez pague um preço de capa um pouquinho maior, esse gasto é feito ao mesmo tempo que a leitura.
2. O transporte
Se você precisa levar o seu material de estudo de um canto a outro, é importante considerar que o transporte também é uma diferença fundamental entre os livros físicos e os livros digitais.
Não é nenhuma novidade que livros físicos podem ser muito difíceis de transportar para todos os lados. Eles são pesados e colocá-los todos na mochila pode ser um desafio. Além disso, alunos que não têm ensino híbrido com frequência precisam lidar com condições de transporte pouco adequadas.
Já os livros digitais, por sua vez, são fáceis de carregar, afinal eles cabem literalmente no nosso bolso. O peso de um dispositivo móvel não se compara ao peso de um livro para o curso de Direito, por exemplo.
Por isso, leve em consideração este detalhe: o quão importante é, para os seus estudos, que você possa carregar esse material com frequência? E será que o peso de vários livros impressos compensa?
3. A durabilidade
Os cursos superiores duram cerca de 4 anos. Seus materiais, inclusive aqueles que usamos nos primeiros semestres, podem voltar a ser relevantes quando iniciamos uma pós-graduação.
Por isso, é do interesse dos alunos que os seus investimentos em livros garantam uma boa durabilidade.
Nesse quesito, os livros impressos podem deixar a desejar. É verdade que as editoras acadêmicas, hoje, produzem materiais de qualidade. Mas os livros físicos correm o risco recorrente de rasgar ou molhar. Além disso, com o passar dos anos e dependendo das condições de armazenamento, eles podem ficar amarelados e com um odor forte.
Os livros digitais, por outro lado, são bem mais duráveis. Além de estarem armazenados em dispositivos que têm uma vida útil mais longa, eles também ficam disponíveis nas nuvens digitais. Desse modo, mesmo quando o telefone ou o tablet param de funcionar, ainda é possível acessar os livros de outro lugar.
Assim, se você deseja preservar o seu material de estudo por um longo tempo, considerar os e-Books pode ser interessante. Especialmente quando falamos de materiais de difícil acesso ou esgotados, a leitura digital pode ser uma importante aliada.
4. O espaço
Quando falamos de estudos, também precisamos levar em consideração o lugar onde ele vai acontecer. Isso porque termos à disposição um escritório, uma biblioteca universitária, ou uma mesa usada também para outras demandas faz com que o momento do estudo seja diferente.
Os livros digitais ou físicos também se diferem nesse sentido. Afinal, enquanto os livros digitais não ocupam espaço quase nenhum porque estão dentro de um dispositivo, os livros impressos podem exigir um grande armazenamento.
Para quem gosta de colecionar livros e não tem problemas em espalhá-los por todos os cantos da casa, o formato físico é ideal. Basta ter cuidado para não guardá-los em locais muito escuros ou úmidos, garantindo, assim, uma maior durabilidade.
No entanto, para quem precisa otimizar o espaço ou simplesmente não tem vontade de construir a sua própria biblioteca acadêmica, os livros digitais podem ser uma saída.
Quais são as vantagens de cada formato de livro?
Agora que você já conhece melhor as principais diferenças entre os livros físicos e os livros digitais, chegou a hora de falar sobre as vantagens de cada formato para os estudos.
Para isso, é preciso levar em consideração as suas necessidades pessoais e a sua adaptação com o formato digital. A educação digital pode ser um processo longo, e tudo bem se você ainda não se sente confortável para transferir os seus estudos.
1. Vantagens dos livros digitais
O mobile learning é uma metodologia que vem ganhando espaço no Ensino Superior.
Com ele, o uso de livros e dispositivos digitais é incentivado, uma vez que estes se adaptam melhor às necessidades dos chamados alunos do futuro.
Para além das vantagens que já citamos sobre os livros digitais, como a economia de espaço, a facilidade de transporte e a maior durabilidade, também cabe mencionar que esses novos formatos contribuem para a inovação na educação superior.
Quando falamos de instituições de educação superior, os livros digitais podem contribuir para uma maior acessibilidade em bibliotecas universitárias e ser um diferencial na preparação da biblioteca para a avaliação do MEC.
Já quando falamos dos benefícios para os estudos, podemos mencionar:
- A facilidade de busca por termos específicos em materiais;
- A possibilidade de realizar citações e pesquisas de forma otimizada em trabalhos de conclusão de curso;
- A possibilidade de fazer anotações e grifos sem danificar permanentemente o objeto;
- A facilidade de aquisição e compartilhamento de conteúdos novos e atualizados.
Assim, os livros digitais são indicados para alunos que precisam de maior praticidade, que carregam muitos materiais diferentes ou que não se deslocam à universidade com muita frequência, usufruindo de diferenciais como uma biblioteca digital.
Leia mais: Leitura digital: quais são os seus benefícios para o estudante?
2. Vantagens dos livros físicos
Embora pareçam “ultrapassados” quando comparados aos livros digitais, a verdade é que os livros físicos continuam sendo os queridinhos de muitos estudantes.
Isso acontece porque os livros impressos ainda são mais acessíveis e mais associados ao ambiente acadêmico. Além disso, nem todos os livros publicados recebem ou já receberam um formato digital, e livros raros ou mais antigos também não possuem uma versão online.
Além disso, quando pensamos no uso de livros físicos para o estudo, algumas das suas principais vantagens são:
- Favorecem a concentração, uma vez que não possibilitam a interrupção dos estudos devido a notificações indesejadas;
- São menos cansativos para a leitura, porque não expõem os olhos à luz constante da tela, permitindo um estudo mais longo;
- Em espaços universitários, são uma forma de incentivo à leitura, já que ajudam a criar um ambiente mais sério e aconchegante;
- Oferecem maior qualidade de imagem, sobretudo para alunos que lidam com fotografias, desenhos ou figuras.
Desse modo, para os alunos que costumam se distrair com frequência ou já lidam com muitas telas durante o dia a dia, os livros físicos podem ser uma opção eficaz.
Afinal, o que é melhor para os estudos: livro digital ou físico?
A verdade é que não existe uma resposta definitiva para essa pergunta. O melhor formato de livro para os estudos é aquele que atende às suas necessidades, então é bom ter em mente que:
- O estudo em livros digitais é indicado para quem precisa transportar com frequência muitos materiais, prefere as telas e costuma fazer buscas por palavras-chave;
- O estudo em livros físicos é indicado para quem precisa se concentrar, estudar por mais horas, gosta de colecionar os materiais de estudo e não se incomoda com o peso deles.
Porém, para além das suas preferências pessoais, também é essencial saber que o estudo em materiais digitais pode não ser tão efetivo quanto o estudo em materiais físicos.
De acordo com a cientista cognitiva Maryanne Wolf, o uso constante de telas afeta a nossa capacidade cognitiva e faz com que o estudo em dispositivos digitais seja menos eficaz. Isso porque estamos tão habituados a apenas “passar os olhos” que, quando precisamos nos concentrar mais, as telas podem não ser nossas melhores aliadas.
Para a autora, a leitura recorrente em telas afeta a nossa capacidade de absorver informações complexas e interpretar textos mais densos. As plataformas digitais, hoje, favorecem uma leitura superficial, e o contato com elas desde a infância pode impactar a eficiência com que lidamos com informações novas.
É claro que essas diferenças podem ser combatidas com metodologias ativas e a personalização do ensino. Mas, quando pensamos em sessões de estudos autônomas e independentes, torna-se importante considerar que os livros impressos ainda são mais recomendados.
Por isso, ainda que as telas sejam uma opção mais interessante para você, pense bastante sobre os motivos pelos quais isso acontece. Será que você consegue mesmo absorver os conteúdos que está lendo?
Se a resposta for positiva, ótimo! Vá em frente e escolha o formato de livros que melhor se adapta à sua rotina e às suas necessidades. No entanto, se você já sente que os livros digitais são mais difíceis quando seus temas são mais aprofundados, talvez seja hora de considerar os livros físicos.
No fim das contas, a melhor coisa que podemos fazer pelo nosso cérebro é variar os tipos de leitura. Diferentes estímulos e diferentes contextos pedem diferentes formatos de livros. Então por que escolher entre os digitais e os físicos? Por que não experimentar os dois?
Esperamos que tenha gostado deste conteúdo! Ele foi produzido pelo Blog Saraiva Educação.
