Entre as principais dúvidas de quem está fazendo um currículo está quantas experiências devo colocar no currículo, não é mesmo? O documento é como uma primeira apresentação sua para a pessoa que vai te contratar. Por isso, é importante saber quais informações incluir e como melhor se descrever para ser chamado para a entrevista.
De acordo com pesquisas sobre empregabilidade e recrutamento, um recrutador leva de 6 a 10 segundos para descartar um currículo. Por esse motivo, é muito importante que esse documento inclua as informações necessárias – e em quantidade adequada. Se você quer saber qual a melhor forma de incluir suas experiências profissionais, confira as nossas dicas.
Afinal, o que é “experiência profissional”?
A experiência profissional é o campo do currículo em que você relata a sua trajetória no mercado de trabalho e dando mais informações sobre ela, como cargo, atividades exercidas, nome de empresas e período trabalhado.
Quais experiências profissionais é importante considerar?
É essencial ter em mente que as experiências profissionais não se resumem apenas aos empregos formais, com carteira assinada, mas a todo o tipo de vivência que você teve no mercado de trabalho.
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O estágio, por exemplo, é por lei considerado uma experiência profissional, o que pode ajudar na admissão para o primeiro emprego. Também são relevantes projetos nos quais você participou ao longo da graduação, trabalhos voluntários e oportunidades como freelancer. Caso seja pertinente para a vaga, é possível inserir projetos pessoais.
Quantas experiências devo colocar no currículo?
Apesar de ser o campo mais longo do currículo, já que demanda alguns detalhes específicos, não é preciso escrever parágrafos extensos sobre as experiências profissionais. Afinal, o ideal é que o documento tenha, no máximo, duas páginas.
Assim, ao descrever seus últimos trabalhos, é preciso ter objetividade e sempre pensar nos aspectos solicitados pelo empregador na vaga. A quantidade de experiências, porém, vai depender de um fator: o seu nível de experiência. Dessa forma considere o seguinte:
- Candidatos de nível sênior: liste as experiências profissionais relevantes dos últimos quinze anos de carreira.
- Candidatos de nível júnior/médio: inclua descrições de cargos relevantes e mencione outros cargos, como estágios, trabalhos temporários e freelance.
- Candidatos de nível básico: descreva todos os trabalhos já realizados, incluindo estágios, trabalhos temporários, freelance e projetos pessoais.
- Candidatos sem experiência profissional: inclua todas as experiências, de funções em organizações estudantis, trabalhos voluntários e estágios, se houver.
Caso você opte por não colocar todas as suas experiências profissionais no currículo, é importante indicar, de alguma forma, que essas outras experiências existem. Afinal, a depender de quais experiências você optar por dar maior relevância, lacunas de tempo poderão gerar certa confusão no selecionador.
Uma boa solução é colocar uma observação no fim do tópico de experiência profissional com o link para sua página no LinkedIn, por exemplo.
Como citar uma experiência profissional?
Não existem regras de como mencionar as experiências profissionais no currículo, mas há recomendações de boas práticas para facilitar a leitura por parte do recrutador e a ideia de que, ao olhar o seu currículo, o profissional de RH precisa identificar:
- Onde você trabalhou;
- Qual(is) cargo(s) exerceu nessa empresa;
- Quanto tempo durou essa experiência profissional;
- Quais atividades você desempenhou no(s) cargo(s).
Um exemplo é definir um padrão da seguinte forma:
- Cargo
- Nome da Empresa e localização
- Período trabalhado
- Breve descrição ou lista de responsabilidades e conquistas
Para deixar o documento bem organizado, sempre cite de forma decrescente, com a experiência mais recente no topo.
Lembre-se de usar a voz ativa, que é quando o sujeito pratica a ação, na hora de citar as responsabilidades. Essa função linguística permite que você destaque os seus feitos e torne a leitura mais fluida. Use sempre verbos de ação para descrever as atividades realizadas, como “organizar”, “executar”, “coordenar”, entre outros.
Um terceiro ponto que também é importante é a descrição no formato de lista, com os chamados bullet points. Esses tópicos deixam o texto mais dinâmico e permitem que o recrutador encontre informações com mais rapidez e agilidade.
Em quarto lugar, estão as conquistas. Se for citar alguma, sempre mensure, ou seja, coloque números e estatísticas para não deixar a informação muito vaga.
Além das experiências: o que colocar no currículo?
Agora que você já sabe como incluir as experiências profissionais, vamos mencionar outros dados que são relevantes para esse documento. Afinal, é importante que o currículo seja o mais completo possível para que o recrutador goste da sua apresentação.
- Nome completo;
- Nacionalidade;
- Cidade e bairro em que mora;
- Telefone e e-mail para contato;
- Link para o perfil no LinkedIn;
- Objetivo;
- Formação acadêmica;
- Experiências profissionais;
- Habilidades;
- Idiomas.
Além disso, não esqueça de colocar as qualificações – de preferência, de acordo com os requisitos da empresa. Inclua todas as competências que fazem sentido para a vaga que você almeja e também a participação em eventos importantes da área (como congressos) e realização de cursos complementares que agregaram conhecimentos para a sua formação, como uma pós-graduação.
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