Autoconhecimento é uma das principais ferramentas para escolher a melhor área a seguir. Confira!
“O que você vai ser quando crescer?”. Essa é a pergunta que todo mundo já escutou ao menos uma vez na vida. Escolher a profissão nem sempre é uma tarefa fácil. A palavra vocação, do verbo em latim vocare, que significa “chamar”, passa a fazer parte do vocabulário dos jovens durante a adolescência, quando eles começam a pensar sobre o vestibular. No entanto, para quem trabalha na área de carreiras, a palavra vocação está sendo substituída por orientação profissional, uma vez que tem a ver com a ideia de descoberta de potencialidades.
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Muitas dúvidas aparecem pelo caminho, principalmente quando áreas diversas te atraem. “Sempre que precisamos dar um passo que marca certa definitividade, as dúvidas, no geral, nos assombram. E isso acontece porque, quando escolhemos, ao mesmo tempo, estamos renunciando a outras possibilidades. Dessa perspectiva, a escolha parece trágica. Imagine então escolher uma carreira, que é para toda a vida?!”, afirma Renata Alvares Gaspar, professora doutora em Direito Internacional e Pós-Doutoranda do Programa da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Uberlândia.
QUAL O PRIMEIRO PASSO?
Acostumada com essas dúvidas, Renata sempre orienta que o primeiro passo para essa descoberta é o autoconhecimento. “Indico a introspecção e a reflexão sobre você no mundo, na sociedade, no bairro e entre a sua família. Recomendo também um exercício de concentração para imaginar-se num futuro próximo, como, por exemplo, pensar onde gostaria de estar em 5 anos”.
Descobrir qual o seu propósito, ou seja, qual é a união dos seus talentos, e a serviço do que eles te mobilizam é no que acredita o educador Eduardo Seidenthal. “O EUpreendedorismo é um conceito que pode ajudar as pessoas a fazerem suas escolhas. Ele é um processo de reflexão de propósito e como colocá-lo em prática”, explica. “A única maneira de você refletir sobre o seu propósito é na experiência. Só que não basta fazer no piloto automático, é preciso refletir sobre aquilo que se está fazendo e perceber o quanto está ligado ou desconectado dos seus objetivos”.
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Depois de mais de uma década de experiência em grandes multinacionais, como Unilever e Philips Morris, e de um cargo de diretor de Marketing na América Latina na Johnson & Johnson, Eduardo decidiu fundar a Ubuntu, uma rede colaborativa de pessoas e organizações voltadas para o desenvolvimento, que há mais de uma década ajuda profissionais a encontrarem seus propósitos. “Eu já fiz várias transições. Apesar de estar bem-sucedido na minha carreira executiva, aquilo não estava me satisfazendo porque não via mais sentido no que estava fazendo. Então, essa reflexão de propósitos me ajudou na transição de uma nova carreira como educador”, conta Eduardo.
DESENVOLVIMENTO CONSTANTE
Uma das principais ideias que ocorrem a alguém que está buscando qual área seguir é o medo de errar e fazer algo de que não se goste durante toda a vida. “É necessário desconectar dessa ideia de que precisamos fazer uma coisa só. Em algum momento da sua carreira, você pode ter o foco em uma única atividade, mas em outro se pode ter várias em paralelo”, diz Eduardo, que aplica isso em sua vida profissional atual. O papel de educador é modelado em várias áreas: ele também é coach de executivos e facilitador de equipes em grandes empresas, além de ter publicado o livro “As raízes do EUpreendedorismo” sobre o assunto.
Um dos grandes segredos, unanimidade entre todos os especialistas, é ser apaixonado por uma aprendizagem constante e um desenvolvimento pessoal ao longo de toda a vida, seja através de cursos de especialização, como pós- graduação ou MBA, seja por cursos livres e pessoais. “Aprender a tocar um instrumento ou a praticar hipismo, por exemplo, ajudam no processo de desenvolvimento pessoal. O mais importante é estar consciente na atividade que se está fazendo para aprender de fato”.
E ponto importante: não escolha uma carreira apenas em busca do sucesso financeiro porque isso pode se transformar, no futuro, em decepção. É preciso ter envolvimento e afeto pelo que se faz para se ter sucesso. “Posso indicar uma pergunta que não se deve fazer: vou ficar rico? Isso porque não se deve pensar no resultado e sim no caminho a percorrer. Um bom profissional, sem dúvidas, encontra seu lugar ao sol no sentido econômico”, finaliza Renata.
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CINCO DICAS PRÁTICAS PARA DESCOBRIR SUA ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL
- Busque o autoconhecimento;
- Pesquise sobre as carreiras que mais te despertam interesse e fale com profissionais da área;
- Procure ajuda para escolher a profissão (psicólogos, professores, coaches, família e amigos);
- Esteja sempre em busca de conhecimento e desenvolvimento pessoal e profissional;
- Não tenha medo de mudar. Nunca é tarde para se buscar uma nova área.
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