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Mercado de Trabalho

Tempo de mudar: as dicas de quem decidiu dar novos rumos para a carreira 

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A advogada Marina Bertolucci trabalhava como coordenadora jurídica em uma multinacional quando uma demissão a pegou de surpresa. Pouco tempo depois, conseguiu um emprego em um escritório, mas a decisão já estava tomada: ela mudaria de carreira. “Me dei bem no Direito, mas parecia que sempre faltava algo”, conta. A insatisfação em advogar fez com que os cursos sobre vinho, até então um hobby, ganhassem um novo significado. 

Foi um período de muita reflexão e estudo, que envolveu em primeiro lugar, uma pós-graduação em Administração de Empresas. “Como não tinha certeza de para qual área queria mudar exatamente, achei que fazer essa pós me daria várias visões no mercado”. E deu! Depois da especialização, Marina partiu para cursos mais focados, um de sommelier e, depois, outro, de gestão de bares de restaurantes”. Com 31 anos na época, o seu grande projeto era ter um wine bar. O sonho foi realizado, mas Marina quis ir além: hoje, atua como consultora em hospitalidade, para gestão, operação e serviço. Também trabalha na elaboração de cartas, em treinamentos para  restaurantes, dá aulas e comanda eventos particulares, tudo por meio do seu projeto Winely (@winely2u). 

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Uma pós-graduação também fez a diferença na transição de carreira de Mayara Krigner, hoje professora de gastronomia. Ela chegou a acumular algumas conquistas como jornalista, mas as mudanças no mercado editorial e o modus operandi das grandes empresas de mídia foram minando, aos poucos, a vontade de seguir. Mayara ainda teve uma passagem pelo próprio ateliê de costura antes de encontrar um novo caminho. Foi por conta do Theo, seu filho pequeno, que o preparo dos alimentos passou a lhe interessar mais. Das papinhas preparadas na recém-descoberta panela de pressão para a graduação em gastronomia foi um pulo: “nem pensava em trabalhar com isso, mas, como queria voltar a  estudar, me pareceu uma opção interessante”, conta. 

Um pouco antes de se formar, ela ainda não sabia bem em qual área atuar. Foi aí que o conselho de um professor foi decisivo: “eu já estava dando aulas em algumas escolas profissionalizantes, quando ele me disse que eu levava jeito para ser professora e deveria me especializar”. A pós em docência gastronômica, que ela concluiu agora, aos 35 anos, consolidou o caminho que Mayara escolheu trilhar. Ela passou por diversas escolas e institutos de ensino e hoje é docente na Faculdade Anhanguera.

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IDADE NÃO É TABU 

Engana-se quem ainda acredita que a data de nascimento seja um obstáculo para dar novos rumos à vida profissional. A enfermeira Josenai de Oliveira Galvão, 47 anos, foi obrigada a ampliar o seu olhar sobre a carreira depois que um problema de saúde a impediu de continuar de onde tinha parado: “tive um câncer de mama e, quando voltei ao trabalho, deparei-me com as restrições médicas, que não permitiram que retornasse para o mesmo setor”, diz. 

O que parecia ser um entrave funcionou como incentivo para se especializar. “fui transferida para o setor de Auditoria, na parte interna, exclusivamente com prontuários da urgência e emergência. Era um mundo novo, não conhecia nada”, relata. Josenai, então, decidiu que era hora de fazer um MBA em Auditoria Hospitalar

A transição foi turbulenta, mas a agora auditora só enxerga benefícios na mudança: “ainda não terminei o curso, mas já vejo o quanto aprofundei meus conhecimentos, o que me dá mais confiança no que faço. Além disso, essa pós vai me possibilitar ter um aumento de salário e até subir de cargo na empresa”, conta Josenai, animada. 

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PLANEJAR, PLANEJAR, PLANEJAR

Quando se opta por uma transição de carreira é preciso estar disposto a enfrentar obstáculos. No entanto, fica mais fácil administrá-los com um estudo prévio de cenários. “Não fiz um planejamento financeiro, por exemplo, mas hoje recomendo fortemente. Teria evitado dificuldades se tivesse me organizado para isso, já que minha renda diminuiu durante um tempo. É indispensável que se coloque no papel os gastos, os custos e as receitas”, explica Marina Bertolucci. 

Já Mayara teve que lidar com a falta de apoio de algumas pessoas de seu círculo social: “Ouvi de muita gente que estava ficando maluca. Dá sim muita insegurança no começo, mas vale a pena. Hoje, estou feliz dando aulas. Eu digo: se você está infeliz e tem a chance de mudar, vá em frente”. Conselho reforçado por Josenai: “A vida é feita de escolhas! Nunca é tarde para novas experiências”. Recado dado. 

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Autor: Equipe Blog Portal Pós

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